Pai e filho são mortos e polícia apura intolerância religiosa no PR

Pai e filho foram assassinados a tiros na noite de sábado (6) em São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba (PR). Claudecir Costa Lima, de 52 anos, e o adolescente Felipe Willyan Cardoso, de 17, chegaram a ser socorridos, mas não resistiram aos ferimentos. O crime ocorreu em frente à casa da família e a principal linha de investigação da Polícia Civil para movitação do duplo homicídio é de "intolerância religiosa".

📰 LEIA MAIS: Acidente com arma mata presidente de clube de tiro em Irati (PR)

Testemunhas apontaram como autor dos disparos um vizinho de 51 anos, que fugiu logo após a ação. Imagens de câmeras de segurança mostram o momento em que ele chega em um caminhão, para diante da residência e efetua os tiros usando uma espingarda. No local, a Polícia Militar (PM) encontrou estojos de munição e marcas de disparos na fachada da casa.

De acordo com o delegado Fábio Machado, responsável pelo caso, a principal linha de investigação é de que o crime tenha sido motivado por intolerância religiosa. Testemunhas relataram que a família frequentava a Congregação Cristã no Brasil e vinha sendo alvo de ameaças. “Foi uma ação covarde. Ele passou o dia treinando tiros para não errar. Chamou Claudecir, conversou normalmente e, em seguida, voltou ao caminhão para buscar a arma”, afirmou o delegado ao portal São José Alerta.

O filho do casal, assustado com os disparos, teria aparecido na janela e foi atingido em seguida. O delegado também informou que o suspeito já havia matado o cachorro da família e manifestado aversão ao fato de serem evangélicos. “Ele demonstrava desequilíbrio e intolerância religiosa. Tirou a vida de um pai e de um filho sem qualquer chance de defesa”, disse Machado.

O suspeito também teria tentado atirar contra a esposa de Claudecir.

Após cometer o crime, o homem fugiu para Curitiba e abandonou o caminhão com a arma usada nos disparos. Ele deve responder por homicídio qualificado por motivo fútil e impossibilitar a defesa das vítimas.

Denúncias sobre o paradeiro do suspeito podem ser feitas anonimamente pelos números 197 (Polícia Civil) e 181 (Disque-Denúncia).

Foto: Reprodução Imagens de câmeras de segurança