Menino resgatado por advogada que se pendurou em prédio deixa a UTI no PR
Criança inalou fumaça, teve queimaduras nas pernas e nas mãos

O menino Pietro, de 4 anos, resgatado de um incêndio em um apartamento de Cascavel, no oeste do Paraná, recebeu alta da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) nesta sexta-feira (24). Ele está internado no Hospital Universitário Evangélico Mackenzie (HUEM), em Curitiba, para onde foi transferido após o incidente.
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Segundo o boletim médico do HUEM, Pietro foi transferido para a enfermaria e apresenta quadro clínico estável. A criança, que inalou fumaça e sofreu queimaduras nas mãos e pernas, segue recebendo cuidados da equipe multidisciplinar especializada no atendimento a pacientes queimados. Ele estava na UTI desde o dia 15 de outubro.
O resgate de Pietro ocorreu em circunstâncias dramáticas, quando a advogada Juliane Vieira, de 28 anos, prima da mãe da criança, se pendurou em um suporte de ar-condicionado pelo lado de fora do 13º andar para salvar o menino e a própria mãe, Sueli, de 51 anos.
As outras duas vítimas civis do incêndio também apresentaram melhora nos últimos dias. Juliane Vieira, que realizou o resgate, teve melhora no estado de saúde, conforme boletim divulgado na quinta-feira (23) pelo Hospital Universitário (HU) de Londrina, onde ela está internada.
Sueli, mãe de Juliane e avó de Pietro, também deixou a UTI. Ela foi transferida para a enfermaria na quarta-feira (22) no Hospital São Lucas, em Cascavel. Sueli sofreu queimaduras graves no rosto, braços, pernas e inalou fumaça, queimando as vias respiratórias.
O sargento Edemar de Souza Migliorini, bombeiro que auxiliou no resgate e sofreu queimaduras de terceiro grau, já havia recebido alta hospitalar no sábado (18).
O incêndio
O fogo atingiu o apartamento no 13º andar de um prédio em Cascavel na manhã do dia 15 de outubro. Trabalhadores de uma obra vizinha avistaram as chamas e alertaram o porteiro, que acionou os moradores e o alarme de incêndio.
No apartamento, dormiam Juliane, sua mãe Sueli e o menino Pietro. A mãe da criança, prima de Juliane, não estava no local no momento. O cachorro da família conseguiu escapar ileso.
A perícia suspeita que o fogo tenha começado de forma acidental, entre a cozinha e a sala. O laudo técnico deve ser concluído em aproximadamente dois meses. O imóvel ficou destruído.
