A Secretaria de Estado da Saúde do Paraná (Sesa) concluiu que a demora no pedido do soro antiescorpiônico comprometeu o atendimento de Bernardo Gomes de Oliveira, de 3 anos, que morreu após ser picado por um escorpião-amarelo em Cambará, no norte do estado. O caso aconteceu em julho deste ano.
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Segundo a Sesa, o fluxo correto previa que o município deveria ter acionado imediatamente a Regional de Saúde para envio do antídoto, o que não ocorreu. A criança só recebeu as primeiras doses do soro na Santa Casa de Jacarezinho, o segundo hospital em que foi atendida, quando o quadro já havia se agravado.
Bernardo foi picado no dia 13 de julho ao calçar um sapato onde o animal estava escondido. Ele passou por três hospitais e sofreu 33 paradas cardíacas antes de morrer, no dia 14, no Hospital Universitário de Londrina.
A secretaria afirmou que não há falta de soro no estado e que a falha esteve no acionamento do protocolo. Após o caso, mais de 2 mil escorpiões foram capturados na região e o município recebeu orientações sobre limpeza de terrenos e reforço nos atendimentos.
Em 2024, o Paraná registrou 6.514 acidentes com escorpiões. Até setembro de 2025, já são 4.791 ocorrências, com uma morte confirmada.
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