A Polícia Civil do Paraná (PC-PR) prendeu nesta terça-feira (24) um homem apontado como líder de uma organização criminosa especializada em fraudes bancárias digitais contra dois jogadores de futebol da primeira divisão. A quadrilha teria desviado mais de R$ 1,2 milhão de contas dos jogadores Gabriel Barbosa (Gabigol), do Cruzeiro, e Walter Kannemann, do Grêmio.
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A Polícia Civil do Paraná cumpriu nesta terça-feira cinco mandados de busca e apreensão e dois de prisão temporária pelos crimes de estelionato eletrônico, associação criminosa e lavagem de dinheiro. A ação aconteceu em Curitiba e em Almirante Tamandaré, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC). Além do chefe da quadrilha, preso no Bairro Alto, outro suspeito também foi preso em Curitiba, no bairro Atuba. Com os suspeitos, de 34 e 54 anos, a PC-PR apreendeu mais de 15 celulares, documentos utilizados na falsificação – incluindo cédulas de identidade em branco –, máquinas de cartão, cartões bancários e outros materiais que serão periciados para verificar a existência de mais vítimas.
De acordo com o delegado da PC-PR Thiago Lima, os suspeitos utilizavam documentos falsificados com dados reais dos jogadores, mas com fotos de “laranjas” que tiravam selfies exigidas por bancos digitais para abertura de contas. Esses documentos falsos permitiam o pedido de portabilidade de salário para contas abertas em bancos fintechs, facilitando o desvio de valores.
A estimativa é que o golpe tenha causado prejuízos de R$ 800 mil a um jogador e R$ 400 mil a outro. Na época do crime, eles jogavam em times do Rio de Janeiro (Gabigol, no Flamengo) e do Rio Grande do Sul (Kannemann, no Grêmio). Os valores foram pulverizados em inúmeras contas para dificultar o trabalho da polícia e para facilitar a obtenção de vantagem por uma série de pessoas que participaram do crime.
O líder do grupo, preso em Curitiba, era responsável pela manutenção das contas e pela movimentação desses valores, e já tinha ao menos três passagens pela polícia por estelionato eletrônico.
As instituições financeiras perceberam movimentações suspeitas e acionaram a polícia. A investigação da PCPR verificou que os "laranjas" sabiam que participavam de uma fraude, mas não da sua real dimensão, nem de quem eram as vítimas. Segundo o delegado, a organização criminosa estava em atividade desde agosto de 2024.
Uma ação simultânea foi deflagrada pela Polícia Civil de Rondônia nesta manhã. A instituição identificou que o mesmo grupo criminoso atuaria na região e cumpriu outros mandados no próprio estado, no Mato Grosso e no Amazonas.
A Polícia Civil do Paraná identificou a fraude no nome de Walter Kannemann, enquanto a Polícia Civil de Rondônia descobriu a falsificação com os documentos de Gabigol.
Os investigados devem responder pelos crimes de estelionato eletrônico, associação criminosa e lavagem de dinheiro.
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