Leia a última edição
--°C | Apucarana
Euro
--
Dólar
--

Paraná

publicidade
SUPERMERCADOS

Justiça recomenda suspensão de campanha de selos em troca de pelúcias

Recomendação foi recebida pela rede de mercados Super Muffato nesta quinta-feira (07)

Compartilhar no Facebook Compartilhar no Twitter Compartilhar no WhatsApp Compartilhar no Telegram
Siga-nos Seguir no Google News
Grupos do WhatsApp

Receba notícias no seu Whatsapp Participe dos grupos do TNOnline

Justiça recomenda suspensão de campanha de selos em troca de pelúcias
Autor Os órgãos deram um prazo de 72 horas para que a rede de supermercados informe, por escrito, se irá atender à recomendação - Foto: Reprodução/Instagram

O Ministério Público do Paraná (MPPR) e a Defensoria Pública do Estado recomendaram à rede de mercados Super Muffato a imediata suspensão de uma campanha promocional que oferece bonecos de pelúcia mediante acúmulo de selos em compras. A recomendação foi recebida pela empresa nesta quinta-feira (07).

A ação conjunta das Promotorias de Justiça da Infância e Juventude de Curitiba (1ª e 2ª), Toledo e Cascavel, além da Promotoria de Justiça de Defesa do Consumidor de Curitiba, aponta que a campanha tem forte apelo ao público infantil e pode configurar publicidade abusiva, prática proibida pelo Código de Defesa do Consumidor.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Associe sua marca ao jornalismo sério e de credibilidade, anuncie no TNOnline.

LEIA MAIS: Falsa blitz em Apucarana leva a assalto a ônibus com 39 passageiros

A promoção funciona da seguinte forma: a cada R$ 25 gastos nas lojas, o consumidor recebe um selo. Com 60 selos junto com o valor de R$ 19,90, adquire-se um boneco de pelúcia, tendo como produtos aceleradores para mais aquisição de selos alimentos ultraprocessados e com alto índice de açúcar.

Segundo os órgãos, a campanha infringe não apenas o Código de Defesa do Consumidor, como também a Resolução nº 163/2014 do Conanda (Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente), que considera abusivas promoções com brindes colecionáveis voltadas a crianças. Também é citado um entendimento do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que reconheceu como ilícita a publicidade indireta direcionada ao público infantil por meio de estratégias de marketing que exploram o universo lúdico das crianças.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Além da suspensão da campanha, o MPPR e a Defensoria pedem que a rede retire todas as peças publicitárias da promoção — em mídias como rádio, TV, internet, redes sociais e até dentro das lojas — e que, caso as pelúcias sigam sendo vendidas diretamente ao público, a empresa se abstenha de usar qualquer prática de publicidade abusiva ao público infantil, como a venda casada.

Os órgãos deram um prazo de 72 horas para que a rede de supermercados informe, por escrito, se irá atender à recomendação. Em caso de descumprimento injustificado, poderão ser adotadas medidas judiciais ou extrajudiciais cabíveis para garantir os direitos das crianças e adolescentes.

Em nota enviada ao TNOnline pela assessoria de imprensa, o Grupo Muffato defendeu nesta segunda-feira (11) a campanha alvo do MP.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

"O Grupo Muffato reafirma seu compromisso em desenvolver ações promocionais que valorizem a experiência de compra e fortaleçam o relacionamento com seus clientes. Todas as campanhas são planejadas com responsabilidade, observando as normas vigentes e prezando pela transparência e pelo respeito ao consumidor."

Gostou da matéria? Compartilhe!

Compartilhar no Facebook Compartilhar no Twitter Compartilhar no WhatsApp Compartilhar no Email

Últimas em Paraná

publicidade

Mais lidas no TNOnline

publicidade

Últimas do TNOnline