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Indústria do Paraná dobra receitas e geração de riqueza em cinco anos

Entre 2018 e 2023, o setor industrial paranaense viveu um ciclo de expansão expressivo, com quase 100 mil novas vagas formais

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Indústria do Paraná dobra receitas e geração de riqueza em cinco anos
AutorFoto: Jonathan Campos/AEN

As indústrias instaladas no Paraná registraram uma receita líquida de R$ 516 bilhões em 2023, praticamente o dobro dos R$ 260 bilhões obtidos em 2018. No mesmo intervalo, o Valor Bruto da Produção (VBP) – que mede o valor total da atividade industrial antes dos custos operacionais – passou de R$ 239 bilhões para R$ 454 bilhões, um crescimento de 90%.

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Os dados integram a Pesquisa Industrial Anual (PIA), principal levantamento estrutural do setor industrial nacional, realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A mesma base de dados também apontou que o Paraná liderou o volume industrial da Região Sul em 2023, com o maior Valor de Transformação Industrial (VTI) entre os estados do Sul e o terceiro maior na indústria de transformação do Brasil.

A expansão econômica também se refletiu no mercado de trabalho. Em cinco anos, o setor industrial abriu 91 mil novas vagas com carteira assinada, passando de 625 mil pessoas empregadas em 2018 para mais de 716 mil em 2023. Esse aumento de 14,5% na força de trabalho formal foi o segundo maior em termos proporcionais entre os estados do Sul e Sudeste, atrás apenas do Espírito Santo, e contribuiu para que o Estado atingisse a sua menor taxa de desemprego da história, de apenas 3,3%.

O bom desempenho, impulsionado pela atração recente de novos investimentos, se sustenta em uma base industrial diversificada, com destaque para a fabricação de alimentos, combustíveis, veículos automotores, máquinas e equipamentos, produtos químicos e papel e celulose. Esses segmentos concentram boa parte da geração de valor e de empregos no setor, além de puxarem a cadeia produtiva de outros setores.

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Para o presidente do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes), Jorge Callado, os resultados reforçam o acerto da estratégia aplicada pelo Governo do Estado para o setor. “Estes bons números refletem diretamente o apoio das políticas públicas aos setores industriais do Paraná, que hoje operam com tecnologia, sustentabilidade e inovação, ampliando A sua presença no mercado interno e nas exportações”, afirmou.

Callado também destacou que o desempenho industrial tem impacto direto no emprego e na renda. “O crescimento do PIB da indústria no primeiro trimestre deste ano, que foi de 5,92%, bem acima da média nacional, mostra que esse ambiente de desenvolvimento está gerando mais vagas e aumentando a remuneração média dos trabalhadores paranaenses”, acrescentou o presidente do Ipardes.

Segundo o presidente da Invest Paraná, Eduardo Bekin, o atual ciclo de crescimento é resultado de uma mudança estrutural no perfil da indústria paranaense. “O Paraná vive um bom momento, com o setor industrial investindo mais em pesquisa, desenvolvimento e novas tecnologias. O Estado deixou de vender só matéria-prima e passou a transformar mais, agregando valor aos seus produtos”, afirmou.

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Para ele, essa transformação tem efeitos diretos no mercado de trabalho e na economia local. “Com mais industrialização e uso de tecnologias como robótica e inteligência artificial, houve também a especialização da mão de obra, o que se reflete em salários mais altos e maior consumo nas cidades. É um ciclo virtuoso que está mudando a realidade econômica de várias regiões do Paraná”, disse Bekin.

A análise do presidente da Invest Paraná é confirmada pelos dados sobre a renda média dos trabalhadores da indústria, que tem crescido de forma consistente no Estado, saltando de R$ 34,6 mil por ano em 2018 para R$ 45,6 mil por ano em 2023. O dado também integra a série da PIA e reforça os efeitos positivos da expansão industrial sobre a economia como um todo, a partir do aumento do poder aquisitivo das famílias.

CRESCIMENTO SUSTENTADO – A mais recente Pesquisa Industrial Mensal (PIM) Regional do IBGE confirma que a tendência positiva continua em 2025 no Paraná. Enquanto a PIA consolida informações anuais estruturais, a PIM Regional monitora o comportamento da produção mês a mês, cujos resultados servem como um termômetro da atividade industrial no curto prazo.

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De acordo com a última PIM, a produção industrial do Paraná cresceu 5,3% de janeiro a abril deste ano em relação ao mesmo período de 2024, quase quatro vezes acima da média nacional (1,4%). É o terceiro melhor desempenho entre os 15 estados pesquisados pelo IBGE, atrás apenas do Pará (10%) e Santa Catarina (6,4%). No acumulado dos últimos 12 meses encerrados em abril, a alta foi de 5,6%, também mais que o dobro da média nacional (2,4%) e o melhor resultado para o Estado desde 2012.

A indústria de transformação, base da produção paranaense, continua sendo o principal vetor desse desempenho, agregando valor aos produtos e gerando empregos mais qualificados. Os principais destaques foram os segmentos de produtos químicos (16,3%), combustíveis e biocombustíveis (14,1%), máquinas e equipamentos (10,3%) e veículos automotores (10,1%) – setor que registrou um crescimento de 73,7% nas exportações em 2025, atingindo uma receita de US$ 299 milhões segundo levantamento do Ipardes.

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