Um guarda municipal de Foz do Iguaçu (PR) é suspeito de manter um homem de 55 anos em cárcere privado por, no mínimo, dois anos. A vítima foi resgatada nesta sexta-feira (18), em uma tapeçaria de propriedade do suspeito e onde ele trabalhava.
A operação reuniu agentes do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Paraná (MP-PR), Polícia Científica do Paraná, Agência do Ministério do Trabalho e Emprego e da Secretaria de Assistência Social da Prefeitura Municipal de Foz do Iguaçu. No local, foram cumpridos dois mandados de busca e apreensão contra o guarda.
O Gaeco também afirmou que investiga a prática do crime de redução à condição análoga à de escravo, definido pela lei como submeter alguém a "trabalhos forçados ou a jornada exaustiva, quer sujeitando-o a condições degradantes de trabalho, quer restringindo, por qualquer meio, sua locomoção em razão de dívida contraída".
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O motivo seria que o suspeito manteve em seu poder um cartão de benefício social da vítima alegando que ela teria uma dívida com ele. Além disso, o Gaeco também explicou que não há registro formal de emprego e que o homem morava na própria tapeçaria, sem acesso à higiene básica, e que seria ainda monitorado quanto as suas saídas e retornos.
Durante a operação, os agentes também aprenderam celulares, equipamentos eletrônicos, documentos da vítima, R$ 27 mil em dinheiro e outros itens.
Em nota, a Prefeitura de Foz do Iguaçu disse que, em respeito às prerrogativas legais, acompanha o caso e aguarda os desdobramentos da investigação para adotar as "medidas administrativas que eventualmente se fizerem necessárias".
As informações são do G1.
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