Mesmo com a prisão de duas pessoas apontadas como os autores da morte do taxista e ex-vereador João Coelho Sobrinho, em Agudos do Sul, na Região Metropolitana de Curitiba, a família da vítima pediu à polícia que investigue a possível participação do filho de João no crime. O pedido aconteceu nesta segunda-feira (3).
O ex-vereador desapareceu no dia 25 de janeiro, após receber uma ligação. Quatro dias depois — no dia 29 —, ele foi encontrado morto em uma área de mata, ao lado do próprio carro, na região do bairro Ribeirão Grande. A vítima apresentava principalmente ferimentos na cabeça.
Os autores, um homem e uma mulher, de 21 e 23 anos, foram presos pelo crime de latrocínio (roubo seguido de morte), na última sexta-feira (31). O jovem revelou à Polícia Civil que o taxista foi escolhido aleatoriamente e que o dinheiro roubado foi gasto na praia.
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Porém, a prisão dos suspeitos não tranquilizou totalmente a família. Em entrevista ao Balanço Geral, da RICtv, o irmão da vítima, Jorge Coelho, disse que desconfia do próprio filho de João, em razão da relação desgastada pelo uso de drogas.
“Todo mundo tem a mesma desconfiança. O filho dele é usuário de drogas, batia tanto no pai quando na mãe para conseguir dinheiro e comprar entorpecente. Tem outras pessoas envolvidas e queremos descobrir”, afirmou Jorge.
De acordo com Laércio, cunhado do ex-vereador, o filho não ajudou a família nas buscas enquanto o pai estava desaparecido. Ainda, não apareceu nem no velório e nem no enterro.
“Como filho, ele devia ter tomado a frente da situação, mas não demonstrou nenhum sentimento pelo próprio pai. Também escutei ele falando ‘mãe, o pai já está morto, já mataram ele”. Como ele sabia, de onde veio essa informação? Tem algo muito forte por trás disso, gostaríamos de saber a verdade”, disse Laércio.
Polícia descarta participação
Por enquanto, a Polícia Civil descarta qualquer tipo de envolvimento do filho na morte do pai. Em depoimento, o rapaz negou a participação no assassinato.
Segundo informações apuradas pela RICtv, os problemas envolvendo drogas eram frequentes. O filho de João não pagava as dívidas e era ameaçado de morte, mas o ex-taxista sempre dava um jeito de ajudá-lo.
Diante do pedido da família e das novas informações, as investigações devem continuar.
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