Falso agente da ONU é preso ao tentar aplicar golpes em vítimas de tornado no PR
Objetivo do suspeito era coletar dados pessoais das famílias desabrigadas para, posteriormente, receber auxílios governamentais
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Um homem foi preso no último sábado (22) em Rio Bonito do Iguaçu (PR) suspeito de tentar aplicar golpes em moradores atingidos pelo tornado que devastou a cidade no início do mês. Segundo a Polícia Civil, ele utilizava um uniforme falso da Organização das Nações Unidas (ONU) e um distintivo fictício do Corpo de Bombeiros para dar credibilidade à fraude.
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O objetivo do suspeito era coletar dados pessoais das famílias desabrigadas para, posteriormente, receber auxílios governamentais e doações em nome das vítimas. Ele foi detido em um ponto oficial de cadastramento destinado a pessoas que buscam benefícios para a reconstrução de suas casas.
A prisão em flagrante por tentativa de estelionato já foi convertida em preventiva (sem prazo para expirar). O homem está detido na cadeia pública de Laranjeiras do Sul.
As investigações apontam que o preso é "amplamente conhecido nos meios policiais" por se aproveitar de situações de calamidade pública.
De acordo com a Polícia Civil, o homem agiu com o mesmo modus operandi durante as enchentes de 2024 no Rio Grande do Sul. Na ocasião, ele teria causado um prejuízo superior a R$ 100 mil ao prometer falsas intermediações de auxílio emergencial. Ele também possui extensa ficha criminal por estelionato no estado de São Paulo.
A operação no Paraná contou com apoio da inteligência da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e da Polícia Civil gaúcha, após alerta de que o suspeito estaria na região do tornado.
Abordagem às vítimas
Segundo a corporação, o homem estava atuando em Rio Bonito do Iguaçu desde o dia 16 de novembro. Vestindo roupas táticas semelhantes às de forças de segurança e portando uma carteira funcional falsa, ele abordava moradores em situação de vulnerabilidade emocional e social.
"No local, foram identificadas duas possíveis vítimas que relataram ter fornecido seus dados pessoais ao suspeito", informou a PC-PR em nota. A polícia agiu para evitar a revitimização das famílias que já perderam seus bens no desastre climático.
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