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Estrada de Ferro Paranaguá-Curitiba celebra 140 anos de história

Além da relevância no transporte de cargas, ela também se destaca no turismo, graças ao passeio até Morretes, considerado um dos mais bonitos do mundo

Da Redação

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Ferrovia foi inaugurada oficialmente em 5 de fevereiro de 1885
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Ferrovia foi inaugurada oficialmente em 5 de fevereiro de 1885
Escrito por Da Redação
Publicado em 21.02.2025, 20:57:33 Editado em 21.02.2025, 20:59:02
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O Paraná comemora neste mês de fevereiro os 140 anos da Estrada de Ferro Paranaguá-Curitiba, que abriga o passeio de trem que liga a Capital a Morretes – eleito um dos melhores do mundo. A celebração aconteceu nesta sexta-feira (21) em Morretes, no Litoral, e contou com a presença de autoridades, como o vice-governador Darci Piana, e representantes da Secretaria do Turismo (Setu-PR) e do Viaje Paraná – órgão de promoção comercial do setor.

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Inaugurada oficialmente em 5 de fevereiro de 1885, o principal objetivo da ferrovia era facilitar o transporte de cargas e de diferentes insumos que o Paraná produzia na época, como a erva-mate, que representava uma grande parcela da economia do Estado. Hoje, além de sua relevância no transporte de cargas, ela também carrega o turismo como destaque, graças ao passeio até Morretes, considerado um dos trajetos ferroviários mais bonitos do mundo.

A celebração alusiva aos 140 anos da ferrovia aconteceu no recém-inaugurado Stazione. Antes situado no centro histórico de Morretes, o espaço agora atende em local mais amplo e confortável, elevando o nível do atendimento aos turistas na cidade. Às margens do Rio Marumbi, o restaurante se integra com a imponente Serra do Mar e a exuberante Mata Atlântica, proporcionando um cenário natural e aconchegante para viajantes, sobretudo, os que realizam o passeio de trem turístico.

“É importante celebrar os 140 anos da nossa estrada de ferro, onde opera um dos nossos principais atrativos paranaenses, que atrai visitantes nacionais e internacionais. A inauguração do novo Stazione também é simbólica, pois a Morretes faz bom proveito e entende o potencial turístico que está envolvido na ferrovia”, disse Camila Aragão, diretora-geral da Setu-PR.

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EXPERIÊNCIA – Situada em meio à maior área contínua preservada de Mata Atlântica Brasil, seu trajeto conta com 108,2 quiômetros de extensão, ligando a capital paranaense à cidade de Paranaguá, onde está localizado um dos principais portos da região sul do Brasil. No caminho, a estrada faz parada também em Morretes, onde é o final do passeio de trem turístico, sendo um importante indutor de visitantes nacionais e internacionais à cidade.

O itinerário conta com paisagens deslumbrantes, além de passar por 41 pontes, dezenas de pontilhões, 13 túneis e marcos da engenharia, como o Viaduto do Carvalho e a Ponte São João, que possui 113 m de comprimento e um vão livre de 70 m.

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Irapuan Cortes, diretor-presidente do Viaje Paraná, afirma que a celebração desta sexta-feira deve ser um compromisso e reconhecimento da importância da ferrovia, tanto à historia, quanto a economia e, também, ao turismo paranaense.

“Essa ferrovia, atualmente, está ligada diretamente aos avanços e reconhecimentos do Turismo do Paraná, porque ela é responsável pela captação de muitos visitantes e curiosos. Precisamos mesmo celebrar esses 140 da estrada de ferro, porque estamos acertando muito neste aspecto, incentivando o uso de estruturas que fizeram parte da nossa história, valorizando a nossa cultura e a convertendo em produtos turísticos qualificados e atrativos”, disse.

A ESTRADA DE FERRO – A origem da ferrovia está diretamente ligada com os irmãos Antônio e André Rebouças, os primeiros engenheiros negros do Brasil. Em 1865, André teve a inspiração de construir uma estrada que ligasse Curitiba até Antonina, o que contribuiria para o desenvolvimento econômico da região. Na época, a ideia não foi levada adiante.

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Anos mais tarde, empresários e barões da erva-mate reivindicaram novamente a necessidade de transportar suas cargas até o Litoral de forma mais rápida, superando as limitações sofridas pelos animais de carga. Em 1873, Antônio Rebouças entregou ao presidente da província do Estado do Paraná o projeto de construção da Estrada de Ferro, que ligaria a cidade de Antonina a Curitiba.

O engenheiro morreu no ano seguinte e o projeto passou para Irineu Evangelista de Souza, o Barão de Mauá, que já havia construído a primeira ferrovia do Brasil, ligando o Rio de Janeiro a Petrópolis. Em 1875, por decreto imperial, foi definido que a estrada não partiria de Antonina, mas sim de Paranaguá.

O início das obras ocorreu com a presença do Imperador Dom Pedro II, que lançou a pedra fundamental da construção no dia 5 de junho de 1880. Detalhe interessante e progressista para a época é que, conforme pedido especial dos irmãos Rebouças, o Imperador proibiu a utilização de mão de obra escrava na construção da ferrovia.

HISTÓRIA VIVA – Em setembro do ano passado, Morretes ganhou um espaço cultural e turístico, com foco em manter viva a história da ferrovia. A Casa da Memória Éric J. Hunzicker fica dentro da Estação Ferroviária, importante ponto de visitação da cidade, e retrata personalidades, aspectos culturais e a evolução da linha férrea.

NOVO ESPAÇO – O Stazione, novo espaço gastronômico inaugurado em Morretes, é administrado pela Serra Verde Express – operadora do trem que desce a Serra do Mar. Especializado na cultura e no preparo do Barreado, prato típico de municípios litorâneos, o restaurante agora tem capacidade para mais de 250 pessoas, propagando ainda mais a cultura do prato – um dos produtos paranaenses com selo de Indicação Geográfica (IG).

De acordo com Adonai Arruda Filho, diretor-geral da Serra Verde Express, o novo espaço valoriza também a cultura criada nas atividades da ferrovia, que trouxe a Morretes o desenvolvimento econômico junto da atividade turística. “A ampliação do Stazione Morretes era uma demanda antiga, pois precisamos atender à alta demanda de visitantes e oferecer um espaço diferenciado para eventos sociais e corporativos”, comenta.

“Com essas inovações, reafirmamos o compromisso da Serra Verde Express com a qualidade, a tradição regional e o bem-estar de seus clientes, consolidando-se como um ponto de encontro que celebra o melhor da cultura e da natureza da região”, acrescenta Arruda Filho.

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