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Escorpiões são capturados após menino de 3 anos morrer em Cambará

O objetivo da ação é identificar possíveis locais com o maior número de escorpiões e realizar a remoção imediata

Da Redação

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Os animais estavam se abrigando em terrenos com acúmulo de lixo e entulhos
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Os animais estavam se abrigando em terrenos com acúmulo de lixo e entulhos
Escrito por Da Redação
Publicado em 17.07.2025, 12:17:03 Editado em 17.07.2025, 12:16:52
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A Secretaria de Estado da Saúde do Paraná (Sesa) reforça os cuidados necessários para prevenir acidentes com escorpiões. Mesmo no inverno, quando as temperaturas são mais baixas, os riscos permanecem, especialmente nas áreas urbanas. Isso porque os escorpiões tendem a buscar abrigo e alimento dentro das casas, aumentando a possibilidade de contato com as pessoas.

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Nesta semana, devido ao registro de um óbito de uma criança de três anos por picada de escorpião registrado no município de Cambará, no Norte Pioneiro do Estado, a Sesa enviou uma equipe de profissionais da 19ª Regional de Saúde de Jacarezinho para atuarem em conjunto com a Secretaria Municipal de Saúde para busca ativa de escorpiões no bairro onde a criança morava. Dentre os 236 casos de acidente com escorpião registrados este ano na 19ª Regional de Saúde, 68 casos são de Cambará.

O objetivo da ação é identificar possíveis locais com o maior número de escorpiões e realizar a remoção imediata, evitando novos acidentes na localidade. Somente no primeiro dia, a equipe capturou 15 escorpiões, sendo a maioria deles o escorpião-amarelo. Os animais estavam se abrigando em terrenos com acúmulo de lixo e entulhos. A 19ª Regional de Saúde notificou o município para remoção e limpeza imediata destes locais. Os profissionais de entomologia seguirão as buscas até domingo (20), e depois expandirão as ações para outras regiões da cidade.

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A Secretaria da Saúde também já orientou as outra regionais a realizarem trabalhos similares em contato com as prefeituras. “Assim como fazemos o combate da dengue limpando o quintal de casa, precisamos desse olhar para não deixar acumular lixo e entulho para não dar oportunidade pra ter esse tipo de animais próximo das famílias paranaenses”, afirmou o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto.

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Nos últimos anos, o número de notificações de acidentes com escorpiões no Estado tem crescido, refletindo tanto a adaptação da espécie ao ambiente urbano quanto a melhoria na vigilância e registro dos casos. Por isso, a Secretaria reforça a importância da prevenção e do cuidado contínuo, mesmo durante o inverno. Em 2024, o Estado registrou 6.525 casos de picadas por escorpião. Este ano, o dado parcial já soma 3.603 acidentes.

ESPÉCIE MAIS COMUM

No Paraná, a espécie mais comum é o Tityus serrulatus, conhecido como escorpião-amarelo, cuja picada pode provocar reações graves, principalmente em crianças, idosos e pessoas com histórico de alergias. Embora a maioria dos acidentes seja de baixa gravidade, casos mais graves exigem atendimento médico imediato. A recomendação é que, diante de qualquer picada, a pessoa procure rapidamente uma unidade de saúde.

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Vários tipos de escorpiões nativos são encontrados no Estado, como o marrom (Tityus bahiensis, Tityus costatus e Ananteris sp) e o pretinho, do gênero Bothriurus, espécies que não costumam provocar acidentes graves. Desde a década de 1980, o escorpião-amarelo, espécie altamente venenosa, passou a ser identificado em áreas urbanas do Paraná. Ele é o principal responsável por óbitos, especialmente entre crianças. Por se reproduzir de forma assexuada (partenogênese), uma única fêmea pode originar uma infestação, o que torna o controle ainda mais desafiador.

O escorpião-amarelo é uma espécie com grande capacidade de adaptação a ambientes alterados. Ele prefere locais quentes e úmidos e se abriga sob madeiras velhas, lenha, telhas, tijolos, restos de construção, entulhos, além de frestas em calçadas, muros e paredes. Lixo mal acondicionado e restos de alimentos também favorecem sua presença, já que atraem insetos, como baratas, que servem de alimento para o escorpião.

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Para reduzir o risco de acidentes, a Sesa reforça um conjunto de medidas preventivas, que devem ser adotadas em residências, áreas externas e locais com maior risco de infestação:

• Manter a casa, quintal e terrenos limpos, evitando acúmulo de entulhos, restos de materiais de construção e objetos desnecessários.

• Tampar ralos, caixas de gordura, frestas nas paredes e rodapés, e utilizar telas em aberturas e grelhas nos ralos.

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• Afastar camas, sofás e berços das paredes e evitar que roupas de cama, cortinas ou mosquiteiros encostem no chão.

• Examinar roupas, calçados, toalhas e lençóis antes de usá-los, principalmente se estiverem guardados no chão ou em locais pouco utilizados.

• Utilizar luvas e calçados em atividades de jardinagem ou em áreas de risco.

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• Vedar frestas e buracos em paredes, assoalhos e forros.

• Instalar vedantes ou sacos de areia nas portas e janelas.

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• Não usar inseticidas domésticos, pois não são eficazes contra escorpiões e podem dispersá-los.

• Eliminar fontes de alimento para os escorpiões, como baratas, mantendo o ambiente limpo e o lixo bem acondicionado.

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TRATAMENTO

A picada de um escorpião causa dor imediata e intensa, que pode irradiar para o membro afetado e vir acompanhada de vermelhidão, suor local, adormecimento e, em casos mais graves, suor excessivo, agitação, tremores, náuseas, vômitos e salivação. Em caso de picada, deve-se procurar um serviço de saúde imediatamente.

O tratamento com soro antiescorpiônico é a única forma eficaz de combater o veneno e deve ser iniciado o mais rápido possível após a picada, quando indicado. O Paraná possui atualmente 225 serviços de saúde que são referência para aplicação de soros, distribuídos nas 22 Regionais de Saúde do Estado. As Regionais atuam com plantões permanentes para apoio e disponibilização destes insumos em todos os casos de acidentes.

Para tirar dúvidas sobre acidentes causados por animais peçonhentos e intoxicações, a população pode ligar no Centro de Informações e Assistência Toxicológica do Paraná (CIATox) que é vinculado à Sesa, no telefone 08000 410 148. Há ainda, outras três unidades do CIATox, ligadas aos Hospitais Universitários, são elas: CIATox Londrina (43) 3371-2244, CIATox Maringá (44) 3011-9127 e CIATox Cascavel (45) 3321-5261.

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