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Desaparecidos em Icaraíma: o que se sabe e o que falta saber

Sumiço dos quatro cobradores de dívida completa 40 dias nesta segunda-feira (15); investigação encontrou evidências de crime brutal

Da Redação

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Amigos desapareceram após viajarem ao interior do Paraná para cobrar uma dívida
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Amigos desapareceram após viajarem ao interior do Paraná para cobrar uma dívida
Escrito por Da Redação
Publicado em 15.09.2025, 18:29:07 Editado em 15.09.2025, 18:29:05
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Quarenta dias após o desaparecimento de quatro homens que foram cobrar uma dívida em Icaraíma (PR), a investigação ganha contornos de uma complexa força-tarefa, desvendando novas e cruciais evidências que reforçam a suspeita de homicídios. No entanto, o principal mistério persiste: o paradeiro de Rafael Juliano Marascalche, Diego Henrique Afonso, Robishley Hirnani de Oliveira e o produtor rural Alencar Gonçalves de Souza, cujos corpos ainda não foram localizados.

LEIA MAIS: Homem é preso com carro de suspeito no caso dos cobradores em Icaraíma

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O que se sabe:

Os quatro homens desapareceram em 5 de agosto de 2025, após saírem para cobrar uma dívida de R$ 255 mil. Foram vistos pela última vez em uma panificadora em Icaraíma, e o último contato com as famílias, na manhã do desaparecimento, indicava que "estava tudo bem". O boletim de ocorrência foi registrado na mesma noite, e as buscas tiveram início no dia seguinte.

A investigação teve um ponto de virada crucial com a localização da caminhonete Fiat Toro branca usada pelas vítimas. O veículo foi encontrado na última sexta-feira, 12 de setembro, enterrado em um bunker, em uma propriedade rural de difícil acesso em Vila Rica do Ivaí, distrito de Icaraíma.

O delegado-chefe da 7ª Subdivisão Policial (SDP) de Umuarama, Gabriel Menezes, confirmou que a caminhonete apresentava "várias marcas de disparos de arma de fogo, tanto na lataria como no para-brisa, além de muitos vestígios de sangue". O veículo foi encontrado após uma carta anônima e um informante deixar uma carta em frente a casa do pai de uma das vítimas.

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Novos vestígios surgiram reforçando a suspeita de homicídio ao longo do mês. No domingo (14), munições e marcas de tiros em galhos de árvores foram encontradas na propriedade rural de um dos suspeitos de assassinato. Esses indícios apontam que as vítimas foram surpreendidas e mortas por mais de uma pessoa.

A polícia também apreendeu um veículo e uma espingarda calibre 12 pertencentes à família do suspeito, além de outras estruturas subterrâneas ligadas ao crime organizado na fronteira.

Os principais suspeitos são pai e filho. Após negarem envolvimento e serem liberados inicialmente, a Justiça decretou a prisão temporária de ambos, que se tornaram foragidos.

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Em 13 de setembro, um homem foi detido em flagrante por adulteração de um veículo que seria usado por um dos suspeitos de assassinato.

A busca é considerada a maior força-tarefa já mobilizada na região nos últimos anos, envolvendo Polícia Civil, Polícia Militar, Corpo de Bombeiros e Força Nacional.

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As operações incluem equipes terrestres, aéreas e fluviais, com o uso de sonar e cães farejadores. O delegado da Polícia Civil em Icaraíma, Thiago Andrade Inácio, ressaltou o apoio da população, que tem fornecido diversas denúncias anônimas.

As famílias das vítimas também ofereceram uma recompensa de R$ 100 mil por informações que levem à localização dos desaparecidos.

O que falta saber

Apesar do avanço nas investigações e da descoberta de evidências contundentes de um crime brutal, a peça mais importante do quebra-cabeça ainda está ausente: os corpos dos quatro homens desaparecidos não foram localizados.

Os principais suspeitos, Antonio Buscariollo e Paulo Ricardo Buscariollo, continuam foragidos. A captura deles é fundamental para esclarecer completamente o caso e, possivelmente, indicar o paradeiro das vítimas.

A investigação segue sob sigilo, mas a expectativa é que as pistas recentes e o contínuo esforço das autoridades conduzam à verdade sobre o destino dos quatro homens desaparecidos em Icaraíma.

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