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Colisões e atropelamentos causam maioria das mortes nas BRs do PR

Os registros da PRF apontam que 302 pessoas morreram em sinistros de trânsito no primeiro semestre de 2025 no Estado

Da Redação

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O levantamento foi divulgado nesta quinta-feira (17)
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O levantamento foi divulgado nesta quinta-feira (17)
Escrito por Da Redação
Publicado em 17.07.2025, 11:49:59 Editado em 17.07.2025, 11:49:54
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Um balanço realizado pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) aponta que mais da metade das mortes em rodovias federais no Paraná são causadas por colisões frontais e atropelamentos. O levantamento, divulgado nesta quinta-feira (17), mostra o número de ocorrências de trânsito nas rodovias federais no Paraná no primeiro semestre de 2025, apresentando dados de sinistros de trânsito, fiscalização e educação para o trânsito.

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Os registros da PRF apontam que 302 pessoas perderam a vida em sinistros de trânsito, número 8,2% maior do que o primeiro semestre de 2024, quando 279 pessoas morreram. A alta nas mortes é puxada, principalmente, por dois tipos de acidentes: as colisões laterais no mesmo sentido e as colisões traseiras, com aumentos de 120% e 47,6%, respectivamente.

"Por trás de cada um desses números que retratam a violência no trânsito brasileiro estão a dor e o sofrimento de famílias inteiras, destruídas pela perda repentina de pessoas queridas, ou atingidas por lesões e sequelas graves, muitas vezes com repercussão para o resto da vida", observa Fernando César Oliveira, superintendente da PRF no Paraná.

"As causas das ocorrências graves ou fatais geralmente são múltiplas, envolvem mais de um fator ao mesmo tempo. Em sua maioria, têm a ver com o comportamento inadequado, seja de motoristas, motociclistas ou pedestres, por exemplo. Geralmente são ocorrências perfeitamente evitáveis. Reduzir os índices de violência no trânsito é algo que não depende apenas do trabalho da polícia. Depende do conjunto do poder público, e de uma participação maior da sociedade civil", finaliza.

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A colisão frontal segue como o tipo de sinistro com mais mortes. Apesar de representar apenas 6,5% do total de sinistros, foi responsável por 107 mortes, cerca de 35,4% do total. Esse tipo de colisão ocorre, principalmente, devido a ultrapassagens proibidas ou malsucedidas, e ao excesso de velocidade. Em 2024, quando já eram uma preocupação, as colisões frontais foram responsáveis por 94 mortes, 33,6% do total. Desta forma, o aumento dos números de óbitos revela um aumento na gravidade deste tipo de sinistro, que passou a causar mais mortes.

Assim como acontece nas colisões frontais, os sinistros de atropelamentos de pedestres geram óbitos em desproporção com a quantidade de sinistros. Correspondendo a apenas 4% dos sinistros, com 146 registros, os atropelamentos respondem por 16,2% dos óbitos (49 pedestres mortos). Do total de atropelamentos, cerca de um terço resultou em morte, o que demonstra a fragilidade dos pedestres no trânsito.

Os atropelamentos guardam uma relação direta com a falta de luminosidade natural. Oito em cada dez mortes de pedestres (40 de 49) ocorreram à noite ou de madrugada e em horários propícios ao ofuscamento da visão, como o amanhecer e o anoitecer.

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Para aumentar a segurança durante os períodos de baixa visibilidade, a Polícia Rodoviária Federal reforça a importância de atitudes simples que fazem a diferença. Entre elas, reduzir a velocidade e manter itens essenciais do veículo em boas condições, como faróis e para-brisa. Aos pedestres, a recomendação é usar roupas claras, lanternas ou coletes refletivos e caminhar sempre no sentido contrário ao dos veículos.

A PRF mantém seu compromisso com a segurança no trânsito atuando em duas frentes principais: a fiscalização de comportamentos que colocam vidas em risco e a promoção de ações educativas que incentivam escolhas mais seguras nas rodovias.

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Como parte da estratégia de enfrentamento à violência no trânsito, a PRF intensificou suas ações de fiscalização nas rodovias paranaenses. Foram realizadas abordagens para verificação das condições de veículos e condutores, uso de radares para coibir abusos de velocidade e reforço no combate às ultrapassagens indevidas, além de outras condutas perigosas. Ao longo do primeiro semestre, foram registradas 6.534 infrações por ultrapassagens proibidas — média de uma a cada 40 minutos —, refletindo um cenário preocupante de desrespeito às normas de trânsito. Já as fiscalizações com radares de velocidade resultaram em 281.210 flagrantes, o que representa, em média, uma infração a cada 56 segundos.

O excesso de velocidade segue como um dos fatores mais críticos para a segurança nas rodovias. As estatísticas mostram que as três principais causas prováveis de acidentes identificadas pela PRF no Paraná têm relação direta com a velocidade: ausência de reação do condutor, reação ineficaz e o próprio excesso de velocidade. Juntas, essas causas estão presentes em 1.458 ocorrências, o que representa 40% do total registrado no ano.

Destaca-se entre os dados, o aumento de 240% em sinistros com óbito envolvendo motoristas bêbados. No primeiro semestre de 2024, foram registrados 5 óbitos, enquanto que no comparativo do ano atual foram registrados 17.

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No campo da educação para o trânsito, mais de 80 mil pessoas participaram de ações promovidas pela PRF ao longo período do levantamento, uma média diária de 452 pessoas.

Sinistros de trânsito

No primeiro semestre de 2025, nos quase quatro mil quilômetros de rodovias federais atendidos pela PRF no Paraná, foram registrados 3.636 sinistros, resultando em 4.017 feridos e 302 mortos. Esses números são maiores do que os registrados no mesmo período, em 2024, quando 3.630 sinistros resultaram 279 mortos. O número de feridos teve discreta diminuição - de 4.026 para 4.017.

Mais da metade das mortes (57%) continuam ocorrendo em rodovias de pista simples, onde as ultrapassagens são realizadas na contramão de direção. Esse tipo de via exige mais atenção dos motoristas, devido ao aumento do risco de colisões frontais, que ampliam a energia dos impactos. A PRF registra sinistros que resultem em lesões ou mortes, danos ambientais, vazamentos de produtos perigosos ou outras implicações jurídicas, como a presença de motoristas alcoolizados ou inabilitados. Nas demais situações, os próprios envolvidos podem registrar eletronicamente.

Ainda, desataca-se que a maioria das mortes aconteceram em pistas secas (86,8%), em retas (70,2%) e de noite (51,7%).

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