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EMBOSCADA FATAL

Chacina em Icaraíma (PR): vítimas foram mortas com 5 armas diferentes

Investigação aponta que vítimas foram mortas instantaneamente dentro do veículo e descarta cativeiro ou tortura. Dois policiais civis foram afastados

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A Polícia Civil do Paraná (PC-PR) divulgou nesta quarta-feira (10) o relatório detalhado sobre a execução de quatro homens na zona rural de Icaraíma. A investigação concluiu que o grupo foi vítima de uma emboscada fatal por volta das 12h30 do dia 5 de agosto de 2025. O crime envolveu o uso de armamento pesado, múltiplas posições de tiro e a ocultação complexa dos cadáveres e do veículo utilizado.

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Foram mortos na ação Alencar Gonçalves de Souza, morador da região e credor de uma dívida, e três homens contratados em São Paulo para a cobrança: Diego Henrique Affonso, Rafael Juliano Marascalchi e Robishley Hirnani de Oliveira.


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							Chacina em Icaraíma (PR): vítimas foram mortas com 5 armas diferentes
AutorA Polícia Civil revelou detalhes da execução de quatro homens em Icaraíma - Foto: Reprodução

Dinâmica da execução

Ao contrário das suspeitas iniciais de sequestro e cativeiro, a perícia criminal confirmou que as vítimas morreram instantaneamente, sem sinais de tortura prévia. O ataque ocorreu assim que a Fiat Toro em que estavam chegou à propriedade da família Buscariollo, no distrito de Vila Rica do Ivaí.

A brutalidade da ação foi comprovada pelos laudos balísticos e de necropsia:

Poder de fogo: Foram utilizadas munições de pelo menos cinco calibres distintos (.223, 5.56, .45, .40, calibre 12 e 9mm).

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Posicionamento: Os atiradores dispararam de três posições diferentes, cercando o veículo e atingindo a frente, a traseira e a lateral esquerda.

Letalidade: Todas as vítimas foram atingidas em órgãos vitais. Um dos corpos apresentava três perfurações na cabeça, enquanto outro tinha nove ferimentos de projéteis variados.

Segundo o delegado Gabriel Menezes, da 7ª Subdivisão Policial, a quantidade de armas sugere a participação de mais pessoas na execução, além dos principais suspeitos. O sangue encontrado na cabine do veículo e o padrão das perfurações corroboram a tese de que não houve chance de defesa.

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Ocultação de cadáveres

Após a execução, os corpos foram retirados apressadamente do veículo e enterrados em uma cova na mesma propriedade. A tese é corroborada pelo fato de peças da Fiat Toro terem sido encontradas junto aos cadáveres, indicando que se desprenderam durante a remoção das vítimas. O veículo foi levado posteriormente para um "bunker" subterrâneo em uma área de mata fechada, a nove quilômetros do local do crime.


  • Chacina em Icaraíma (PR): vítimas foram mortas com 5 armas diferentes 1 de 2
    Foto: Autor: Reprodução Polícia Ambiental
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    Foto: Autor: Reprodução Polícia Ambiental

Investigação de agentes públicos

Além da autoria direta dos homicídios, a Polícia Civil investiga a conduta de dois agentes da corporação que atuavam em Icaraíma. Nesta semana, eles foram alvo de mandados de busca e apreensão. Há suspeitas de que os policiais tenham mantido comunicação com os investigados após o crime, possivelmente repassando informações que facilitaram a fuga ou a destruição de provas. Ambos serão removidos da unidade e respondem a processo na Corregedoria.

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Motivação e foragidos

O crime foi motivado por uma disputa financeira de R$ 255 mil, referente à venda de uma propriedade rural feita por Alencar à família Buscariollo. O pagamento, parcelado em notas promissórias, não foi realizado.

Os principais suspeitos da execução são os empresários Antônio Buscariollo, de 66 anos, e seu filho, Paulo Ricardo Costa Buscariollo, de 22. Eles chegaram a prestar depoimento no dia seguinte ao desaparecimento das vítimas, negando envolvimento, mas fugiram logo em seguida. Pai e filho são considerados foragidos da Justiça desde 9 de agosto.


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AutorFoto: Reprodução

Perfil das vítimas

Os três homens que vieram de São Paulo para realizar a cobrança possuíam fichas criminais extensas. Rafael Juliano Marascalchi tinha passagens por tráfico de drogas e tentativa de homicídio; Robishley Hirnani de Oliveira respondia por estelionato e furto qualificado; e Diego Henrique Affonso tinha registros por estelionato e ameaça. Já o credor, Alencar Gonçalves de Souza, não possuía antecedentes criminais.

A Polícia Civil ressaltou que o inquérito sobre a autoria continua sob sigilo até a conclusão total dos trabalhos.


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