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Após ataque de tigre, atleta paralímpico do PR mira recorde mundial

Com 40 medalhas, Vrajamany treina para alcançar índice das Paralimpíadas de 2028

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Após ataque de tigre, atleta paralímpico do PR mira recorde mundial
Autor O caso aconteceu em 2014 em Cascavel - Foto: @vrajamany_rocha/Instagram/ Reprodução

Mais de dez anos após perder o braço em um ataque de tigre no zoológico de Cascavel (PR), o jovem Vrajamany Rocha, hoje com 23 anos, transformou o trauma em motivação para construir uma carreira de destaque no esporte paralímpico. O atleta já coleciona 40 medalhas nacionais e se prepara para tentar uma vaga nas Paralimpíadas de Los Angeles, em 2028.

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As últimas imagens registradas antes do ataque mostravam Vrajamany, então uma criança curiosa, em frente ao recinto dos felinos. Separado do tigre apenas por uma grade, ele chegou a tocar o animal algumas vezes. Minutos depois, já fora do alcance das câmeras, o ataque ocorreu. Visitantes e o pai tentaram intervir, mas o braço acabou amputado. O acidente aconteceu em uma área proibida, acessada após o garoto pular uma grade.

Nova vida em Uberlândia

Quase mil quilômetros separam o zoológico de Cascavel da cidade onde o jovem reconstruiu a própria trajetória. Em Uberlândia (MG), Vrajamany encontrou no esporte um caminho de superação e autonomia. Com rotina rígida, ele acorda antes do amanhecer, faz exercícios de coordenação ainda em casa e prepara o próprio café da manhã. “Costume, né? Todo dia cozinhando”, brinca, em entrevista.

A alimentação segue controle rigoroso, com proteínas, vegetais, frutas e muita água. Às 7h, já está a caminho do clube onde treina como atleta profissional desde janeiro de 2022.

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A natação entrou em sua vida por orientação médica, aos 12 anos, pouco depois do acidente. No início, a fome, o cansaço e as adaptações tornavam os treinos difíceis. A virada veio quando ingressou no Centro de Treinamento Paralímpico Brasileiro, em São Paulo. Lá, conviveu com atletas da Seleção e medalhistas, convivência que despertou sua paixão pelo esporte.

Hoje, soma 40 medalhas nacionais (sendo 10 de ouro) e, segundo sua equipe técnica, está cada vez mais próximo de atingir os índices para competir em Los Angeles 2028.

Inspiração mútua

A história de Vrajamany também motivou outros jovens atletas. Entre eles está Thiago, que perdeu os dois braços após um choque elétrico aos 14 anos. Os dois se conheceram nas piscinas do clube em Uberlândia e desenvolveram uma amizade imediata.

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“Quando estou com ele, eu esqueço que não tenho os braços”, diz Thiago. Vrajamany conta que admirava o colega antes mesmo do primeiro encontro.

Reencontro inesperado com o tigre

Em 2022, o nadador voltou ao zoológico de Cascavel e reencontrou o tigre envolvido no ataque. Sem ressentimentos, ele relata que sempre desejou proteger o animal, atualmente idoso. “Foi muito bom ver ele bem forte ainda”, afirma.

Determinado a alcançar o topo do pódio mundial, o atleta ficou a apenas 0,6 segundo do índice para disputar o principal torneio global em 2024. Agora, ajustes milimétricos o separam do próximo grande passo.

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