Advogada é presa suspeita de levar celulares para facção em presídios
"Operação Parlatório" apura que ela usava sua prerrogativa para entregar telefones a integrantes de organização criminosa
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Uma advogada foi presa temporariamente na manhã desta quinta-feira (13), durante a "Operação Parlatório", deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) de Maringá. Ela é investigada pelos crimes de organização criminosa, lavagem de capitais e por, supostamente, usar sua prerrogativa profissional para entregar celulares a detentos.
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De acordo com o Ministério Público do Paraná (MPPR), as investigações apontam que a advogada cobraria R$ 5 mil por aparelho entregue. Os celulares seriam destinados a integrantes de uma facção criminosa de atuação nacional, presos na Penitenciária Estadual de Maringá (PEM).
Com os aparelhos, os detentos conseguiam manter contato com outros membros em liberdade, continuar os vínculos com a organização e planejar novos crimes de dentro da prisão.
Além do mandado de prisão temporária contra a advogada, o Gaeco cumpriu sete mandados de busca e apreensão e sete de busca pessoal em Maringá, Sarandi, Paiçandu e Paranavaí. As ordens foram expedidas pela 3ª Vara Criminal de Maringá. A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) acompanhou a prisão da profissional.
As investigações, que contaram com o apoio da Polícia Penal e da direção da PEM, começaram em setembro de 2025, após o Gaeco receber informações sobre a atuação da advogada.
O nome da operação é uma alusão ao "parlatório", espaço destinado à comunicação entre advogados e detentos nos presídios, local onde, segundo o MPPR, ocorria o repasse dos telefones.
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