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País faz 'caça' a gays e vai submeter presos a exame anal

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País faz 'caça' a gays e vai submeter presos a exame anal
Autor Foto por Reprodução - Foto: pixabay

Seis homens egípcios presos por "promover desvios sexuais" e "devassidão" nas mídias sociais serão submetidos a exame anal antes do julgamento em 1º de outubro, informou neste sábado (30) a Anistia Internacional.

A prisão deles faz parte de uma ampla repressão contra a homossexualidade iniciada na semana passada, quando um grupo de pessoas foram vistas levantando uma bandeira de arco-íris em um show, em uma rara demonstração de apoio aos direitos de gays, lésbicas, bissexuais e transgêneros naquele conservador país muçulmano.

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Ao menos 11 pessoas foram detidas, de acordo com a Anistia Internacional, e um homem foi sentenciado a seis anos de prisão após a mídia local lançar uma campanha altamente crítica contra aqueles que levantaram a bandeira de arco-íris na apresentação da banda libanesa de rock alternativo Mashrou' Leila, cujo vocalista é abertamente gay.

A Anistia Internacional ainda informou que a Autoridade de Medicina Forense submeteria os seis homens a exame anal para determinar se tiveram sexo homossexual.

Fontes da justiça disseram que qualquer réu acusado de "devassidão" ou "desvios sexuais", um eufemismo para homossexualidade no Egito, é submetido a exame médico baseado em decisão da Promotoria Pública.

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"Alegações de torturar ou insultar aqueles examinados medicamente são mentiras que não merecem resposta. Os exames são realizados por médico que jurou respeitar sua profissão e sua ética", afirmou uma fonte jurídica.

Para Anistia Internacional, os exames violam a proibição de tortura e outros maus tratos segundo a lei internacional.

"O fato de o Ministério Público do Egito priorizar a caça de pessoas com base em sua aparente orientação sexual é absolutamente deplorável. Esses homens devem ser libertados imediatamente e incondicionalmente - não colocados em julgamento", disse Najia Bounaim, diretora de Campanhas para o Norte da África na Anistia Internacional.

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Embora a homossexualidade não seja especificamente proibida, o Egito é uma sociedade conservadora, onde a discriminação é abundante. Homens gays são frequentemente presos e normalmente acusados de devassidão, imoralidade e blasfêmia.

A maior repressão contra homossexuais no país ocorreu em 2001 quando a polícia invadiu uma boate flutuante chamada Queen Boat, em um caso que terminou com 52 homens sendo julgados.

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