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'Panama Papers' levam Justiça suíça até quadro roubado de Modigliani

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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Um quadro do pintor italiano Amedeo Modigliani (1884-1920), que havia sido roubado durante a Segunda Guerra Mundial, foi apreendido no porto de Genebra, no contexto das revelações dos chamados "Panama Papers", indicou nesta segunda-feira (11) a Justiça suíça.
"Foi aberto um processo criminal após revelações ligadas aos 'Panama Papers', para efetuar buscas relativas à presença de uma pintura de Modigliani em Genebra", declarou o porta-voz do Poder Judiciário do país, Henri Della Casa.
"A pintura foi apreendida no final de semana nos portos francos de Genebra". Os espaços são isentos de impostos.
A tela em questão, do artista cujas obras atingem valores recordes em leilões, é o "Homem sentado apoiado numa bengala". O quadro está avaliado em US$ 25 milhões, de acordo com a imprensa suíça.
Segundo a Mondex Corp, empresa canadense especializada em encontrar obras perdidas, a pintura foi roubada pelos nazistas de um colecionador de arte judeu que fugiu de Paris em 1939.
A obra foi então adquirida em 1996 em um leilão em Londres pela companhia offshore International Art Center (IAC), criada pelo escritório de advocacia panamenho Mossack Fonsseca.
A Mondex suspeita que a família Nahmad, que construiu sua fortuna com o comércio de obras de arte, é a proprietária da pintura. Os Nahmad têm uma coleção privada estimada em 4.500 peças, incluindo 300 Picasso, armazenadas nos portos francos de Genebra.
A empresa acionou a Justiça americana em 2011, em nome de Philippe Maestracci, um agricultor francês, neto do verdadeiro dono, para recuperar o Modigliani.
Diante dos tribunais americanos, a família Nahmad disse não ser dona do quadro e que ele era de propriedade da IAC.
No entanto, um documento publicado pelo jornal suíço "Le Matin" e pelo francês "Le Monde" na semana passada sobre os "Panama Papers" revela que a família Nahmad é a verdadeira dona da IAC.
A pintura seria de propriedade de David Nahmad, atualmente o único acionista da empresa offshore.
Entrevistado pela Radio-Canada, David, também judeu, disse que jamais aceitaria possuir uma obra de arte roubada pelos nazistas. "Eu não conseguiria dormir à noite se soubesse que tenho um objeto roubado", afirmou.

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