Albert Hammond Jr., dos Strokes, mostra no Lolla vigor de carreira solo
GIULIANA DE TOLEDO
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Uma plateia pequena, mas fiel e atenta acompanhou Albert Hammond Jr., guitarrista dos Strokes, mostrar na tarde deste domingo (13), no palco Axe do Lollapalooza, que a sua carreira solo vai muito bem, obrigado.
Como "frontman", o americano está seguro, cercado de uma banda bem entrosada e moldada para shows agitados, com a energia de três guitarras -duas além da do próprio Hammond Jr. A trupe tocou próxima, amontoada no centro do palco, como se estivesse numa casa de shows pequena.
Os fãs também ajudaram Hammond Jr. a se soltar. Ainda que ele, de calça e camiseta completamente brancas, já tenha subido ao palco parecendo um dentista saltitante, a sua confiança cresceu ao longo da apresentação, a cada letra ecoada pelo público. Até as mais recentes, como as boas "Losing Touch" e "Born Slippy", do terceiro e mais novo disco, "Momentary Masters" (2015), estavam bem decoradas (leia entrevista sobre o álbum ).
A prova maior de que a plateia está por dentro da sua carreira solo também foi dada: ninguém gritou pedindo Strokes. Nem adiantaria: o repertório da banda nunca entrou nos shows seus shows solo, para não misturar as coisas, costuma dizer.
"Temos mais umas canções e depois podemos ir almoçar", brincou com o público, quando já garoava e os mais ao fundo se dispersavam. "Sem drogas, só abraços", soltou na sequência, fazendo uma piada com o seu próprio vício, superado há poucos anos após tratamento.
O americano disse ainda lamentar não saber falar mais que "obrigado" em português. Mas, em inglês mesmo, deixou escapar ter achado longo o caminho até o autódromo de Interlagos. "Estamos tão felizes de estar em São Paulo -ou nos arredores."
