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Gosto de brasileiro por ficção científica guiou escolha de '3%', diz executivo da Netflix

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GABRIELA SÁ PESSOA, ENVIADA ESPECIAL
RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) - Um dia depois do início das filmagens da série "3"% em São Paulo, o executivo da Netflix Erick Bromack afirmou que o gosto do brasileiro por ficção científica ajudou a escolher o seriado como a primeira produção original do país para a empresa.
Vice-presidente de conteúdo original internacional da Netflix, Bromack participou na manhã desta sexta (11) do Rio Content Market, feira de negócios do audiovisual.
"Dizem que a Netflix toma decisões sobre quais shows fazer baseado nos dados que coletamos dos usuários. Dizem que 'House of Cards' foi feita por que as informações indicavam, mas isso não é verdade", disse. "O que fazemos é usar esses dados para confirmar as decisões, mas não são a razão pela qual encomendamos uma série."
Sobre o assunto, Bromack usou "3%", projeto da paulista Boutique Filmes, como exemplo. Comentou que a empresa já tinha indicações sobre a preferência dos brasileiros para histórias de ficção científica e fantasia, mas que isso "não significava que íamos encomendar uma ficção científica". "Quando essa história [da série] chegou até nós, os dados nos deram o conforto de que essa seria a decisão certa."
Dirigida por Cesar Charlone, diretor de fotografia de "Cidade de Deus", "3%" é uma distopia ambientada em um "futuro breve" no Brasil, em que os habitantes têm a chance de ingressar em uma sociedade melhor caso superem uma série de testes. A produção é protagonizada por Bianca Comparado e João Miguel. Será uma ficção científica "sem lasers ou nada do gênero", comentou o executivo da Netflix.
Bromack ainda comentou que o caso de "3%" será um teste "interessante" para a empresa, que já produziu no México e ainda lança neste seriados originais da França ("Marseille", com Gerard Depardieu e Benoit Magimel entra no serviço em 5 de maio), Alemanha e Itália.
"Os 75 milhões de assinantes poderão assistir uma série em português. Não sei se houve um caso de ficção científica brasileira que foi distribuída nos EUA. Será interessante ver de onde essa audiência virá."
Depois de "Narcos", que é metade em espanhol e metade em inglês, a ideia de que o público americano rejeita produções legendadas caiu por terra, argumentou o vice-presidente. "É incrível ver como esse conteúdo viaja."
Ele não revelou números de audiência (a empresa não fornece esses dados), mas comentou que produções de stand-up comedy de que eles compram os direitos de exibição são bastante populares no país, para além da ficção científica. Mencionou o nome do humorista Fabio Porchat, do grupo Porta dos Fundos e recentemente contratado pela Record. E garantiu que a Netflix tem interesse em bancar mais produções originais nacionais: tanto que participou nesta manhã de uma rodada de negócios, em que produtoras brasileiras exibiram seus projetos a Bromack.
3%
MODO DE VER
Bromack também falou sobre o "binge watching", hábito de assistir os episódios de uma série ininterruptamente, popularizado pela Netflix.
"É uma grande oportunidade. Dá a produtores e roteiristas uma imensa liberdade de contar histórias paralelas às tramas."
Como exemplo, mencionou uma digressão no "terceiro ou quarto episódio" da primeira temporada de "House of Cards", em que Frank Underwood abandona centro dramático da trama, em Washington, e viaja a sua cidade natal na Carolina do Sul. "Você pode levar a audiência a essas jornadas paralelas, porque sabe que as pessoas vão continuar assistindo à série."

A jornalista GABRIELA SÁ PESSOA viajou a convite da organização do Rio Content Market

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