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Na TV 'liberal' dos anos 90, Luiz Carlos Miele 'inventou' mulheres-frutas no 'Cocktail', do SBT

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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Bem antes da melancia, pera e moranguinho modernas, mulheres já desfilavam com títulos de frutas pelo palco do programa "Cocktail", do SBT.
A atração, exibida na faixa noturna do canal e voltada ao público adulto, era comandada por Luiz Carlos Miele, produtor musical e diretor que morreu nesta quarta-feira (14), aos 77 anos, no Rio.
Inspirado em um formato semelhante exibido na Itália, o programa mostrava uma gincana entre dois participantes, geralmente um homem e uma mulher. No decorrer da disputa, as "garotas tim-tim" -cada uma representando uma fruta- exibiam os seios a depender dos resultados das brincadeiras.
Havia também as "garotas-Estado" e as "super-estrelas", que faziam strip-teases parciais no palco.
Tudo isso foi ao ar na "liberal" televisão da década de 1990, quando mulheres seminuas eram artifício frequente em programas de auditório, mesmo os voltados a todas as faixas etárias, como o "Domingo Legal", também do SBT, que estreou anos mais tarde, em 1993.
Mesmo com altos índices de audiência, o "Cocktail" ficou só por um ano no ar, de agosto de 1991 ao mesmo mês do ano seguinte. Foram exibidas 53 edições do programa, que chegou a gerar protestos de grupos conservadores.
Na TV, Miele também produziu, ao lado do amigo, o jornalista e letrista Ronaldo Bôscoli, os programas "Alô, Dolly", "Dick & Betty" e "Um Cantor por Dez Milhões, Dez Milhões por uma Canção", todos da Globo. Como ator, suas aparições mais recentes foram na minissérie "A Teia" (2014), onde interpretou o ex-senador Walter Game, e na novela "Geração Brasil" (2014), como o milionário Jack Parker.
Rap
Em uma de suas facetas menos conhecidas, o paulistano gravou, em 1980, a música "Melô do Tagarela", lançada em formato compact disc. Trata-se de uma versão em português da música "Rappers Delight", que o trio norte-americano Sugarhill Gang lançou no ano anterior.
Miele adaptou a letra original, citando questões brasileiras da época ("o povo esperançoso que quer voto direto") e outras bastante atuais: "saio com a menina/ tá tão cara a gasolina/ levo um tiro na esquina."

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