Rafael Ilha, o Polegar que virou "gerente" do tráfico, está em "A Fazenda"

SÃO PAULO,SP (FOLHAPRESS) - Rafael Ilha, ex-integrante da banda Polegar, sucesso nos anos 1990, é hoje mais lembrado pelo passado de drogas e problemas com a polícia.
Hoje evangélico e recuperado do vício, ele será um dos "peões" da oitava temporada de "A Fazenda" (Record), que estreia nesta quarta-feira (23).
O cantor virou celebridade ainda criança, como garoto-propaganda, e se tornou membro do Polegar em um concurso da empresa Promoart, de Gugu Liberato.
O primeiro disco da banda vendeu mais de 500 mil cópias em 1989, com o sucesso "Dá pra Mim".
Sua saída da banda, após três anos, coincidiu com o início dos problemas com drogas: foi internado para reabilitação pela primeira vez aos 15 anos e preso cerca de 10 anos depois, após uma tentativa de roubo em um cruzamento na zona sul de São Paulo.
Fez carreira no tráfico em um morro do Rio de Janeiro: foi fogueteiro (responsável por avisar aos criminosos sobre a chegada da polícia), chefe de contenção (barreira no pé do morro que segura a polícia a bala, para dar tempo aos traficantes), trabalhou na contabilidade e chegou a gerente, braço direito do "dono" da favela.
Na biografia "As Pedras do Meu Caminho", escrita pela apresentadora Sonia Abrão, ele conta que deixou o crime depois de ser obrigado a assistir a execução brutal de um dos membros da quadrilha.
Em 2000, viveu um dos episódios mais marcantes de sua trajetória: engoliu pilhas, isqueiros e uma caneta na tentativa de fugir de uma clínica de recuperação. Em 2010, disse à Folha de S.Paulo: "Até hoje me chamam de Rafael Pilha".
Ilha foi detido pela última vez em maio deste ano, por descumprir uma ordem que o obrigava a comparecer diante de um juiz.