'Room' vence prêmio popular em Toronto e ganha força para o Oscar
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RODRIGO SALEM
TORONTO, CANADÁ (FOLHAPRESS) - "Room", uma coprodução entre Irlanda e Canadá, torna-se oficialmente a grande surpresa do último Festival de Cinema de Toronto, encerrado neste domingo (20), ao ganhar o prêmio melhor filme pelo júri popular.
Como não possui uma mostra competitiva nos moldes de Cannes ou Veneza, o evento canadense faz questão de amplificar a importância da votação do público por uma única razão: o Oscar.
É uma atitude compreensível. Nos últimos sete anos, o prêmio People's Choice em Toronto adiantou nada menos que seis indicados ao Oscar de melhor filme e, entre eles, três vencedores da categoria principal - "Quem Quer Ser Um Milionário?" (2008), "O Discurso do Rei" (2010) e "12 Anos de Escravidão" (2013).
Isso significa que "Room", de Lenny Abrahamson ("Frank"), se credencia com força para a disputa das principais categorias no Oscar 2016. A americana Brie Larson, dona do papel de uma garota mantida em cativeiro por quase uma década e tem um filho aprisionada, larga na frente na categoria de melhor atriz, mas dificilmente o longa não será lembrado em roteiro adaptado - de autoria da própria escritora do livro, Emma Donoghue, e direção.
"Estou honrado pela escolha de 'Room' pelo público de Toronto", escreveu Abrahamson em declaração lida na cerimônia de entrega do prêmio. "A programação neste ano estava repleta de filmes extraordinários, e ver uma plateia cinéfila escolher o nosso longa sempre será motivo de um orgulho imenso."
O público do festival ainda escolheu "Winter on Fire: Ukraine's Fight for Freedom", de Evgeny Afineevsky, como melhor documentário, e "Hardcore", de Ilya Naishuller, como melhor filme da mostra "Midnight Madness", dedicada a filmes de horror e ficção científica.
Neste ano, a organização do festival criou a Plataforma, mostra competitiva alternativa vencida pelo documentário "Hurt", de Alan Zweig, mas a premiação não conseguiu criar o burburinho necessário para superar o prêmio popular.
Já a Federação Internacional de Críticos de Cinema (Fipresci) escolheu o drama sobre imigração "Desierto", de Jonas Cuarón, filho do diretor Alfonso Cuarón ("Gravidade"), como melhor filme.
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