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Novas histórias atraem cada vez menos público ao cinema, diz pesquisa

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GABRIELA SÁ PESSOA
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Se Hollywood fosse um filme, provavelmente seria "História sem Fim" (que, aliás, ganhou duas sequências no início dos anos 1990).
É o que aponta um levantamento feito pelo produtor e roteirista Stephen Follows, que mantém um site com dados sobre a indústria do cinema.
Follows analisou as cem maiores bilheterias do cinema entre 2005 e 2015. Resultado: o público se interessa cada vez menos por histórias originais e prefere ver versões de histórias já conhecidas.
Por originais, o produtor categoriza filmes que: a) não são adaptações de nenhuma fonte (livros, textos teatrais, séries de TV); b) não são sequências, remakes ou prequel (histórias anteriores ao início dos fatos de uma produção).
"Infelizmente, minha definição não leva em conta a verdadeira originalidade do conteúdo criativo. Por exemplo, a maior bilheteria em filmes totalmente originais é de 'Avatar', que já foi acusado de ser uma amálgama de histórias já existentes", escreveu Follows no relatório que acompanha a pesquisa, divulgado em junho.
Um dos reflexos do fenômeno, aponta o autor do levantamento, é a aversão a riscos entre os executivos dos estúdios.
A menor possibilidade de um filme fracassar nas bilheterias, segundo Follows, coloca as empresas de cabelo em pé.
Se mesmo filmes como "Quarteto Fantástico" (2015) tornam-se fiasco de bilheteria -a "Forbes" o chamou de "pesadelo da Disney"- investir em produções originais, como o longa sobre a Fifa, que arrecadou só US$ 607 na estreia e prontamente saiu de cartaz, é algo que a indústria do cinema não quer pagar para ver.
"Produzir e promover um filme de Hollywood é excessivamente caro, e você não tem certeza de como ele irá render de bilheterias até semanas antes do lançamento", argumenta o britânico. "Isso acontece anos depois de você dar sinal verde para o filme, e ele atrair seu dinheiro e recursos.
Assim, um projeto se torna menos arriscado se você o baseia em algo que já é minimamente popular.
Segundo a "Variety", uma das explicações para não apostar em histórias novas é a mudança da lógica de exibição. Filmes costumavam ficar em cartaz por meses -agora, estreiam de uma só vez em várias salas e, por vezes, ficam somente quatro ou cinco semanas em cartaz.
"Isso impede que um filme cresça organicamente e limita a capacidade da audiência de descobri-lo em uma data posterior", escreveu Bret Lang, repórter sênior da "Variety".
Em bom português, fica a questão: há mais repeteco no cinema porque o público prefere histórias velhas, ou o público prefere histórias velhas porque há mais repeteco no cinema? Em 2015, apenas duas das 10 maiores bilheterias mundiais são filmes totalmente originais: as animações "Cada Um na Sua Casa" e "Divertida Mente".

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