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Padura e Sophie Hannah expõem visões diferentes do romance policial

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SYLVIA COLOMBO, ENVIADA ESPECIAL
PARATY, RJ (FOLHAPRESS) - Para uma Tenda dos Autores lotada, os escritores Sophie Hannah (Reino Unido) e Leonardo Padura (Cuba) apresentaram motivações e modos distintos de produzir romances policiais, no último dia da Festa Literária Internacional de Paraty, no domingo (5).
Enquanto Hannah declarou inspirar-se em escritores da "geração de ouro" do gênero, como Agatha Christie, Padura disse que, para ele, as tramas policiais são "apenas um pretexto para falar da sociedade".
Hannah criticou o excesso de realismo que predomina em tramas policiais produzidas hoje e afirmou que prefere investigadores que sejam "geniais", como Miss Marple ou Hercule Poirot (ambos criações de Christie), e com uma história pessoal detalhadamente construída. A autora fez a plateia rir quando disse que um de seus protagonistas foi construído a partir de uma mistura de pessoas que conheceu na vida real, entre elas o marido e um ex-namorado.
Também divertindo a audiência, Hannah se disse "desconfiada de uma literatura policial que tem a geografia ou o clima como personagem", referindo-se ao sucesso recente de autores escandinavos ou islandeses dentro do gênero.
Já Padura, que é colunista da Folha, apontou que suas influências vêm mais da literatura policial criada nos EUA, com autores como Dashiell Hammett ou Raymond Carver, e que seu modo de escolher o assassino não corresponde a um plano determinado.
"Em algum ponto da história eu simplesmente decido quem vai ser o criminoso e pronto", disse, contrapondo-se a Hannah que explicou fazer um mapa da trama e dos personagens antes de começar a escrever.
Padura também se disse influenciado por uma geração mais recente de autores policiais de fora do eixo EUA-Reino Unido, apontando o espanhol Manuel Vázquez Montalbán e o brasileiro Rubem Fonseca entre eles.
Sobre "O Homem que Amava os Cachorros" (Ed. Boitempo, R$49,90 592 págs.), seu livro de maior sucesso lançado no Brasil, Padura voltou a reforçar de que não se trata de uma biografia, e sim de um romance, e que não pretendia fazer a defesa de nenhuma linha de pensamento.

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