Leia a última edição
--°C | Apucarana
Euro
--
Dólar
--

Entretenimento

publicidade
ENTRETENIMENTO

Poeta portuguesa Matilde Campilho emociona a plateia na Flip

Compartilhar no Facebook Compartilhar no Twitter Compartilhar no WhatsApp Compartilhar no Telegram
Siga-nos Seguir no Google News
Grupos do WhatsApp

Receba notícias no seu Whatsapp Participe dos grupos do TNOnline

JULIANA GRAGNANI, ENVIADA ESPECIAL
PARATY, RIO (FOLHAPRESS) - Mais uma portuguesa conquistou a Festa Literária Internacional de Paraty, a Flip, cuja 13ª edição começou nesta quarta (1º) e vai até domingo (5). Depois de Lobo Antunes, sensação de 2009, e Valter Hugo Mãe, o queridinho de 2011, a poeta Matilde Campilho arrancou aplausos nesta quinta (2), ao falar sobre poesia.
"Poeta é uma profissão para sempre, nem dormindo a gente tem descanso", disse Matilde, que tem um sotaque "lusocarioca" - ela morou no Rio entre 2010 e 2013 - e alterna o carioca, para dirigir-se ao público, e o português de Portugal, para ler seus poemas.
Matilde participou de mesa com Mariano Marovatto com mediação de Carlito Azevedo - ambos poetas cariocas.
Carlito, espécie de mentor de Matilde no Brasil, brincou que iria propor três questões "fáceis" para ela, "o que é a poesia?", "o que é o amor?" e "o que é o universo?".
Um copo de água serviu de exemplo para a poeta, que respondeu: "na poesia, eu pego esse copo e posso fazer explosões atômicas dentro dele".
Matilde, autora de "Jóquei" (Editora 34, R$ 34, 152 págs.), também emocionou ao declamar um poema inédito, sobre morte ("uma pessoa pode morrer de causas variadas () pode-se morrer de um golpe de timidez na hora errada").
Marovatto disse que quando começou a escrever poesia "rolou aquela coisa 'me apaixonei pela pessoa errada'", citando a música do Exaltasamba. "O vício de escrever é uma coisa que todo mundo deveria experimentar."
Ele é autor do livro de poemas "Casa" (que deve sair neste semestre pela 7Letras) e "As Quatro Estações", sobre a Legião Urbana. Carlito perguntou aos dois o que achavam da "onda crescente de conservadorismo" no país, lembrando o avanço da redução da maioridade penal na Câmara. Marovatto disse que o Brasil vive num momento "Idade Média". Para Matilde, "o mundo está arrebentado".
"É preciso desenhar, fazer canções. A poesia não salva o mundo, mas salva um minuto. Isso é suficiente", afirmou a poeta. "A gente está aqui para dançar um pouco sobre os escombros."
"No meu país há uma taxa de desemprego brutal. É difícil dizer 'sou poeta'. Quem tem tempo para ler poesia quando tem fome?", disse. "Vai passar. Mas até lá o caminho é todo entre as veredas. Estamos juntos."

Gostou da matéria? Compartilhe!

Compartilhar no Facebook Compartilhar no Twitter Compartilhar no WhatsApp Compartilhar no Email

Últimas em Entretenimento

publicidade

Mais lidas no TNOnline

publicidade

Últimas do TNOnline