Leia a última edição
--°C | Apucarana
Euro
--
Dólar
--

Entretenimento

publicidade
ENTRETENIMENTO

Morre o poeta Manuel Graña Etcheverry, genro de Drummond

Compartilhar no Facebook Compartilhar no Twitter Compartilhar no WhatsApp Compartilhar no Telegram
Siga-nos Seguir no Google News
Grupos do WhatsApp

Receba notícias no seu Whatsapp Participe dos grupos do TNOnline

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Manuel Graña Etcheverry, poeta e tradutor argentino, morreu na madrugada desta quarta-feira (27), aos 99 anos, em Deán Funes, cidade do interior da Argentina onde morava. A causa da morte de Manolo, como gostava de ser chamado, foi insuficiência respiratória, desencadeada por uma infecção. Ele completaria cem anos em novembro.
O poeta traduziu a obra de Carlos Drummond de Andrade para o espanhol. Casou-se com Maria Julieta, única filha do poeta itabirano, com quem teve três filhos -Carlos Manoel, Luís Maurício e Pedro Augusto.
"Ouvi o Drummond dizer várias vezes que ele [Manolo] foi o melhor tradutor dele para o espanhol", diz Edmílson Caminha, consultor da Fundação Carlos Drummond de Andrade.
Manolo e Maria Julieta conheceram-se em Buenos Aires, nos anos 1940. Inicialmente, Drummond resistiu ao pretendente de sua única filha, então com 21 anos, mas acabou concordando com o casamento dos dois. A filha confrontou o pai citando seus próprios versos: "Depressa, que o amor não pode esperar!".
Em entrevista à Folha de S.Paulo em 2012, quando publicou-se a obra de Graña no Brasil pela primeira vez, a família contou que as maneiras do genro argentino mudaram o sogro. "Carlos acabou adotando o uísque das sete, um dos hábitos do papai", disse Luís Maurício Graña Drummond.
Manolo também entrou para a história argentina para além do cânone literário. Orgulhava-se de ter sido o relator do projeto de lei que concedeu o voto feminino no país em 1947, quando foi deputado federal pela província de Córdoba durante o governo peronista.
No Brasil, a principal obra do poeta, "Antologia Hede", saiu pela Companhia das Letras (R$ 37, 168 págs.) em 2012, em edição traduzida pelo próprio Manolo. Publicado originalmente em 1954, o livro versa sobre a cultura e os costumes de um povo primitivo, criado por Etcheverry.

Gostou da matéria? Compartilhe!

Compartilhar no Facebook Compartilhar no Twitter Compartilhar no WhatsApp Compartilhar no Email

Últimas em Entretenimento

publicidade

Mais lidas no TNOnline

publicidade

Últimas do TNOnline