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Romance lésbico com Cate Blanchett arranca aplausos em Cannes

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RODRIGO SALEM, ENVIADO ESPECIAL
CANNES, FRANÇA (FOLHAPRESS) - Após a péssima recepção de "Sea of Trees", de Gus Van Sant, em Cannes, restava apenas uma esperança de Oscar no festival, como acontece todos os anos. E a largada para a corrida pela estatueta mais cobiçada do cinema norte-americano veio neste sábado (16) com a première mundial de "Carol", esperadíssimo drama lésbico dirigido por Todd Haynes ("Longe do Paraíso") e protagonizado por Cate Blanchett.
Além de ter o selo dos irmãos Weinstein, especialistas em levar filmes à Academia, "Carol" é um produto de época que fala aos nossos tempos e, ao mesmo tempo, retrata um período com delicadeza e refinamento artístico.
Neste caso, a Nova York da década de 1950. Cate Blanchett interpreta a personagem que batiza o longa, uma lésbica certa de sua sexualidade, mas que precisa manter a sutileza das suas predileções com um casamento em frangalhos - em grande parte porque não deseja perder a guarda da filha, já que homossexualidade naquela época era considerada um desvio de conduta.
Já a caminho de um divórcio inevitável do marido (Kyle Chandler), Carol encontra a fisicamente frágil e mentalmente obstinada e curiosa Therese (Rooney Mara), uma atendente de loja de luxo. Therese mora com um namorado platônico, mas sabe que há algo de errado na relação e no seu desejo. "Não sei nem o que quero no almoço", resmunga ela.
As duas mulheres se envolvem não apenas romanticamente, mas intelectualmente, com Carol servindo de tutora. Na câmera de Haynes, o desejo é sempre contido, porém explode em uma noite de sexo que exige bastante desenvoltura das duas atrizes hollywoodianas.
"Carol" é um típico filme para reinar no Oscar, mas falta mais tensão. "Mad Men", por exemplo, mostrou durante várias temporadas o personagem de Salvatore Romano (Bryan Batt), cuja resistência a assumir sua homossexualidade levava a situações de constrangimento e drama bem superiores aos de Haynes.
Ainda assim, em se tratando de Hollywood, chega a ser uma produção ousada e bem-vinda, como bem provaram aplausos e os gritos de "bravo" no fim da exibição para os jornalistas, em Cannes.

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