Herdeiros de Lygia Clark estão impedidos de comercializar obras
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RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) - Os herdeiros da artista Lygia Clark estão temporariamente impedidos de comercializar obras que estejam sob sua posse. A notícia foi divulgada nesta terça (28) na coluna de Ancelmo Gois, no jornal "O Globo".
A decisão da 12ª Câmara Cível do Rio é provisória e vale até a conclusão de um processo que envolve o controle do espólio pelos herdeiros.
A medida visa "preservar o acervo patrimonial do espólio, devendo as obras de arte permanecer na posse da pessoas que atualmente as detém, haja vista que já foi realizado o devido arrolamento do referido acervo", de acordo com o texto do relator, desembargador Jaime Dias Pinheiro Filho.
Em 2014, Eduardo Clark, filho de Lygia, entrou na justiça para obter uma busca e apreensão das obras, estudos e dos certificados de autenticidade da artista que estivessem na posse dos parentes -Álvaro, Lygia, Victor e Alessandra Clark e Sandra Pinto Ribeiro.
Pediu também que Álvaro fosse destituído da posição de presidente da Associação Cultural Mundo de Lygia Clark, que cuida de seu espólio. O próprio Eduardo se tornaria o presidente até decisão posterior. Eduardo acusa Álvaro de má gestão do espólio.
Enquanto o processo não se conclui, os bens em posse de todos os envolvidos não poderão ser comercializados. A decisão não afeta obras que estejam nas mãos de museus e colecionadores.
"Para a segurança dessas obras, é melhor que fiquem na mão dos que já as tinham, não na mão de apenas um", diz o advogado da associação, Edison Balbino.
Segundo Balbino, o espólio da artista foi dividido entre os filhos quando ela morreu. Ele não soube informar quantas obras constam desse acervo nem o seu valor.
Procurados, os advogados de Eduardo Clark não se manifestaram até as 16h30.
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