Ganense El Anatsui vence Leão de Ouro pelo conjunto da obra em Veneza
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SILAS MARTÍ
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Nome que vem ganhando cada vez mais atenção no circuito global com suas esculturas feitas de materiais banais e descartados, o ganense El Anatsui foi anunciado pela Bienal de Veneza nesta quinta (24) o vencedor do Leão de Ouro pelo conjunto de sua obra.
Escolhido para o prêmio pelo nigeriano Okwui Enwezor, que está à frente da próxima edição da mostra italiana, que começa em maio, Anatsui nasceu em 1944 em Anyako, em Gana, e depois se radicou na Nigéria, onde estudou escultura nos anos 1970.
Seus mantos costurados com materiais descartáveis, embalagens e tampinhas de garrafa são ao mesmo tempo uma ode à inventividade dos artesãos africanos e um comentário sobre a precariedade da vida no continente, sem esquecer, no entanto, uma dimensão estética que conquistou o mercado internacional.
"Ele é talvez o artista africano mais importante e ativo hoje no continente, tendo contribuído para a afirmação dos artistas contemporâneos africanos na cena global", diz Enwezor, o curador da Bienal de Veneza. "Esse é um reconhecimento digno de sua dedicação constante à inovação formal e à afirmação do papel das tradições culturais e artísticas da África na arte contemporânea."
Anatsui, que recebe agora um dos prêmios mais importantes da mostra italiana, já participou duas vezes da Bienal de Veneza, em 1990 e 2007. Também já teve mostras individuais em museus de peso nos Estados Unidos, como o Brooklyn Museum, em Nova York, e o Bass Museum of Art, em Miami.
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