Legado de Günter Grass é comparável ao de Goethe, diz ministra alemã

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Considerado uma das principais vozes da literatura alemã contemporânea, Günter Grass, Prêmio Nobel de Literatura, morreu nesta segunda (13), aos 87 anos.
Homem de esquerda, polêmico, que nunca deixou de confrontar o país com seu passado nazista, Grass foi o escritor alemão mais conhecido no exterior na segunda metade do século 20.

Seu livro mais famoso, "O Tambor", foi adaptado para o cinema em 1979 por Volker Schloendorff e premiado com a Palma de Ouro em Cannes e o Oscar de filme em língua estrangeira. Autoridades e colegas lamentaram a morte do autor nas redes sociais.

Leia abaixo a repercussão:


Salman Rushdie, escritor, no Twitter:
"É muito triste. Um verdadeiro gigante, inspiração e amigo. Toca o tambor por ele, pequeno Oskar."
Joachin Gauck, presidente da Alemanha
"Günter Grass moveu os alemães, cativou-os e os fez refletir sobre sua literatura e sua arte."
Monika Gruetters, ministra da Cultura da Alemanha:
"Grass foi adorado pelos alemães por ajudar a reviver a cultura depois do fim da Segunda Guerra, dando voz e suporte ao discurso democrático de uma nação no pós-guerra. Seu legado literário é comparável ao de Goethe."