Cauby Peixoto lança disco em abril e comemora alta
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CHICO FELITTI
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O projeto do novo CD de Cauby Peixoto, que chega às lojas em abril, começou há cinco anos, mas é acalentado pelo cantor "desde sempre".
Em sua primeira entrevista após receber alta de uma internação de quase um mês, ele fala do álbum, com regravações do repertório do pianista de jazz americano Nat King Cole. "É um dos artistas que me formou."
"Começou com o Nat King Cole, mas não vai terminar com ele." Foi assim que Cauby Peixoto, 84, contou à Folha de S.Paulo, em setembro de 2014, que acabara de gravar um álbum com o repertório do pianista de jazz americano que ajudou a popularizar o estilo nas décadas de 1940 e 1950.
"É o que eu queria gravar de verdade", contou o cantor. Seu esquema fabril de lançamento, de um CD por ano, obedece a um rodízio: "Faço um trabalho para a gravadora e um que eu quero fazer". O álbum de Cole se encaixa no segundo grupo, ao contrário de outro com o cancioneiro de Roberto Carlos, lançado em 2009. "Este eu fiz para vender. E tudo bem."
"Ele [Cauby] ama aquele lance dos graves da voz do Nat, que se parecem muito com os desenhos que ele faz com a voz", diz Thiago Marques Luiz, produtor do disco.
O repertório é quase inteiro feito de sucessos em inglês, como "An Affair to Remember", "Unforgettable" e "When I Fall in Love", além de um bolero em espanhol, "Noche de Ronda". E tem "Blue Gardenia", música de Cole que Cauby diz ser a primeira canção que gravou, na juventude. Ou, como falou em 1999: "É a música da minha vida. Mais do que 'Conceição'".
O disco terá nome em inglês, "Cauby Sings Nat King Cole", e tem como capa a foto em branco e preto de um branco e um negro: o jovem Cauby posando com Nat King Cole -ambos em roupa de gala, numa apresentação em Nova York na década de 1950.
"É uma sensação. Depois que eu estive com Nat King Cole, passei a gravar os sucessos dele e viraram um pouco meus. Nunca mais parei."
'É RUIM, MAS RÁPIDO'
Só deu pausas para tratar complicações ligadas ao diabetes que o acompanha há duas décadas, como as três semanas que passou entre fevereiro e março hospitalizado em São Paulo.
Questionado sobre como foi a internação, responde: "Eu tive diabetes fui para o hospital fazer um check-up. É ruim, mas rápido. Estou aqui, tudo OK!".
De alta há pouco mais de uma semana, Cauby já sai de casa sem o figurino -que com muitos brilhos se veste- para cumprir sua rotina de fisioterapia e outros pequenos afazeres por Higienópolis, bairro paulistano onde mora com um assistente. Mas nada de trabalho ainda. Ainda.
A equipe já conta com a gravação de um novo disco em abril. "Temos shows marcados para daqui a umas semanas, mais para a frente. Mas nada do CD novo, por enquanto, só o repertório dele", diz Nancy Lara, a empresária que media a conversa por telefone com o cantor, que ainda não está recebendo visitas e tem alguma dificuldade para escutar vozes do outro lado do telefone, mesmo com o aparelho auditivo ligado.
Quando a reportagem pede que ela pergunte a Cauby como ele se sente com a retomada do trabalho, um vozeirão responde: "Demais! Muito bom! Animado!".
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