Entre quatro paredes
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Foto: PH Produtora/Modelo Ana Maria Moraes
Há tempos um filme não causava tanto buchicho. “50 Tons de Cinza” ganhou as telonas no último mês e provocou a imaginação de homens entre quatro paredes, além de reacender a discussão do que vale a pena quando o assunto é prazer. Apesar de alguns torcerem o nariz para o tema, a versão cinematográfica do primeiro livro da trilogia escrito por E L James fez aumentar a procura por produtos eróticos.
A empresária apucaranense Ione Bossa, que há 15 anos trabalha no ramo de sexy shop, avalia que o filme impulsionou a busca por produtos e acessórios do gênero. “A procura por chicotes, chibatas, bolinhas tailandesas, penas, coleiras, algemas e palmatória aumentou. Apesar de ainda ser tabu, tanto a trilogia quanto o filme têm ajudado a desmitificar o sexo, sem falar que mexeu com a imaginação de muita gente”, diz.
Dentro dos inúmeros produtos eróticos, segundo a empresária, calcinhas comestíveis, perfumes à base de hormônios, roupas sintéticas, vendas, imobilizador também ganharam o gosto do público. “Nossos clientes são 70% mulheres e 30% homens. O número de homens vem aumentando demais nos últimos dois anos. O casal tem que aprender sobre sexo junto”, argumenta.
Para Ione, o livro “Cinquenta Tons de Cinza” atingiu as expectativas, mas o filme deixou a desejar ao que tange ao erotismo. “O longa poderia ser mais ousado, mas mesmo assim conseguiu fazer com que as pessoas abrissem mais a mente em relação a sexualidade”, analisa.
De comum acordo - Antes de incrementar com brinquedos e produtos eróticos, a psicóloga Renata Garcia, de Apucarana, aconselha que o casal converse antes, para não haver surpresas. “A inclusão de produtos vai depender da intimidade e do vínculo de cada casal. É saudável e necessário que conversem abertamente sobre o assunto e que estejam dispostos a realizar as vontades de cada um”, comenta.
Se ambas as partes estão à vontade quanto ao assunto e a prática, a introdução dos brinquedos na relação tende a aumentar a imaginação, bem como o interesse sexual. “É recomendável que no quesito sexo sempre se inove”, assinala. Para não cair na monotonia, de acordo com Renata, o casal deve abusar da criatividade. Porém, isso não significa que em toda relação sexual seja necessário o uso de brinquedos e mudanças.
Conforme a psicóloga, o brinquedo erótico não pode se tornar o personagem principal da relação. Mesmo utilizando, é preciso estar claro para este casal que o mais importante que os apetrechos são o contato e vínculo existente um com o outro.
Por outro lado, quando há negação por uma das partes, em relação a trazer os brinquedos para o sexo, é aconselhável que se converse sobre o assunto e busquem compreender quais os medos ou motivos de negação. “Caso o tema traga conflitos no relacionamento, indica-se a busca por profissionais especializados no assunto, como terapeuta de casal ou terapeuta sexual”, aconselha.
Limites - Para que os limites sejam impostos é necessário que se tenha uma conversa esclarecedora sobre o assunto. “O casal deve conversar e identificar até aonde se pode ir. Sempre respeitando o parceiro e tendo consciência de que o foco não são os brinquedos eróticos, mas sim, o interesse e sentimento que faz este casal querer compartilhar momentos de prazer e amor”, explica Renata.
Segundo a psicóloga, questões quanto a integridade física e respeito ao parceiro precisam ser esclarecidas previamente também. Nenhum comportamento que o parceiro não aceite, deve ser feito sem seu consentimento.
Relacionamento saudável - Para um relacionamento de qualidade implica diálogo, vínculo afetivo, intimidade, parceria, compreensão, amor e interesse sexual. “Todos estes são fatores importantes para que se consiga uma vida sexual satisfatória”, garante a psicóloga. Em um relacionamento saudável, os brinquedos eróticos devem ser apenas um incremento, no sentido de apimentar a relação.
Outra dica da psicóloga é buscar sair da rotina, senão o sexo se torna maçante. Para fugir da rotina, combinem de ir ao motel, tomem banho juntos ou envie uma mensagem de carinho ao longo do dia. “O objetivo é despertar os cinco sentidos (ver, tocar, lamber, cheirar e ouvir), aprender a usá-los e reacender o interesse sexual. Unindo o amor com prazer, que às vezes se perdeu com o passar do tempo”, pontua.
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