Mostra de Dalí deverá atrair pelo menos 2.400 pessoas na abertura

SILAS MARTÍ
SÃO PAULO, SP - Na porta do Instituto Tomie Ohtake, cerca de 150 pessoas aguardavam sob o sol da manhã deste domingo (19) para entrar no centro cultural e ver a mostra do artista espanhol Salvador Dalí, uma das maiores no país dedicada ao surrealista.
Elas integravam a primeira leva de visitantes que retiraram senhas gratuitas para ver a exposição. Ao longo do dia, às 11h, às 14h e às 17h, 800 senhas são distribuídas por vez, para evitar tumultos do lado de dentro.
"Estamos fazendo um teste do fluxo ainda, vendo como funciona", diz Vitória Arruda, uma das produtoras da mostra. "Essa é uma exposição mais lenta de se ver, porque as pinturas do Dalí têm muitos detalhes. A gente não quer apressar as pessoas."
Em cartaz no Centro Cutural Banco do Brasil do Rio antes de vir para São Paulo, a mostra atraiu quase 1 milhão de visitantes, batendo todos os recordes da instituição carioca.
Na abertura para o público paulistano neste domingo, a exposição deve receber pelo menos 2.400 visitantes, mas, segundo os organizadores, esse número pode ser maior se o fluxo permitir.
Um possível entrave é a demora em torno da réplica da famosa sala de Dalí com um sofá em forma de boca, ponto obrigatório para "selfies" dos fãs do surrealista.
Na entrada, aproveitando as pausas na fila, uma moça de vestido preto promovia o perfume Laguna, criado pelo artista pouco antes de sua morte, em 1989, e à venda na lojinha do museu.
Quem quiser pode levar para casa o cheirinho de Dalí embalado num frasco também em forma de boca.