Leia a última edição
--°C | Apucarana
Euro
--
Dólar
--

Entretenimento

publicidade
ENTRETENIMENTO

RioFilme reage a protestos e anuncia editais que somam R$ 10 milhões

Compartilhar no Facebook Compartilhar no Twitter Compartilhar no WhatsApp Compartilhar no Telegram
Siga-nos Seguir no Google News
Grupos do WhatsApp

Receba notícias no seu Whatsapp Participe dos grupos do TNOnline

RIO DE JANEIRO, RJ - A RioFilme, empresa municipal de distribuição de filmes, divulgou nesta quarta (1º) cinco linhas de financiamento que somam R$ 10,16 milhões, num momento em que acontece um debate no Festival do Rio sobre a gestão de recursos para o setor audiovisual feita pelos governos municipal e estadual.
Desde o início do festival, o movimento "Rio: Mais Cinema, Menos Cenário" tem reunido profissionais do setor para protestar em sessões. O grupo acusa a estatal de investir apenas em filmes que têm potencial lucrativo.
O estopim para os protestos foi o contingenciamento de verbas de editais para financiamento de filmes autorais.
A RioFilme tem hoje duas linhas de financiamento: investimento reembolsável, na qual adquire participação nas receitas de projetos que têm potencial de retorno comercial, e não reembolsável, para filmes a fundo perdido, mas que têm valor artístico.
Sérgio Sá Leitão, presidente da RioFilme e secretário municipal de cultura, explicou o contingenciamento. "Este ano foi difícil para a RioFilme. Enfrentamos uma dificuldade: houve contingenciamento orçamentário, porque o Brasil, ao contrário do que diz a propaganda, está em recessão", afirmou.
Segundo Sá Leitão, os recursos para a linha reembolsável foram liberados com mais rapidez pela prefeitura, o que foge do controle da RioFilme.
O valor total do investimento nas cinco linhas anunciadas será de R$ 10,16 milhões. Desses, R$ 3 milhões irão para filmes que se encaixam na categoria reembolsável. O orçamento da RioFilme para 2014 é de R$ 42,36 milhões.
R$ 145 MILHÕES EM CINCO ANOS
Em sua apresentação, Sá Leitão relatou o histórico de sua gestão na RioFilme, que começou em 2009, frisando a revitalização pela qual a estatal passou nesse período. Segundo ele, em cinco anos houve mais investimento do que nos 16 anos anteriores. Entre 2009 e 2013 o valor total foi de R$ 145 milhões.
O secretário explicou a existência da linha reembolsável: no início de sua gestão, fez um "acordo de resultados" com a prefeitura, no qual a RioFilme se comprometeu a financiar filmes que tivessem resultado comercial.
Ao longo da apresentação foi clara a intenção do secretário de direcionar sua fala aos cerca de 20 membros do movimento que estavam presentes. "Opinião, cada um tem a sua, mas tenho visto informações erradas que geram opiniões equivocadas", disse ele.
A cineasta Julia Murat, membro do movimento que se diz sem lideranças, declarou que comemora o fato dos editais terem sido lançados, mas diz considerá-los insuficientes. "A linha de curtas, por exemplo, oferece R$ 60 mil por projeto. Se você pagar salários de acordo com as exigências do sindicato, não se faz um filme por menos de R$ 90 mil. Isso já de cara demonstra uma falta de conversa com a produção de cinema", disse.
Ela ressaltou que as reivindicações do movimento vão além do anúncio dos cinco editais.
"As principais ressalvas que a gente faz são mais amplas que o edital. Entre 2009 e 2014, 30% de todo o investimento foi para dez produtoras. As outras 147 gastaram 70%. Essa política de Estado está equivocada. A gente não pode manter essa concentração. Isso é dinheiro público", afirmou.

Gostou da matéria? Compartilhe!

Compartilhar no Facebook Compartilhar no Twitter Compartilhar no WhatsApp Compartilhar no Email

Últimas em Entretenimento

publicidade

Mais lidas no TNOnline

publicidade

Últimas do TNOnline