Cresce o número de denúncias sobre racismo contra "Sexo e as Negas"
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Só aumenta o número de denúncias de racismo recebidas pela ouvidoria da Secretaria Especial da Promoção da Igualdade Racial (Seppir) por conta da série "Sexo e as Negas", de Miguel Falabella. A assessoria de imprensa do órgão confirmou ao UOL que até o final da tarde desta sexta-feira (12) já eram 17 acusações. No Ministério Público Federal no Rio de Janeiro (MPF-RJ) também foi realizada uma queixa contra o programa.
Segundo assessoria de imprensa do MPF-RJ uma senhora fez a denúncia diretamente na Procuradoria Regional dos Direitos do Cidadão. A procuradora, Ana Padilha Luciano de Oliveira, já leu a queixa e pediu a instauração de um procedimento preparatório para analisar o seriado a fim de descobrir onde está caracterizado o racismo.
A procuradora ainda não teve acesso ao conteúdo - "Sexo e as Negas" só estreia na terça-feira (16) - e como foi informada que a Seppir pretende encaminhar todas as acusações recebidas na esfera federal nos próximos dias, ela pretende analisar melhor a situação. Caso entenda que há alguma irregularidade ou crime, Ana Padilha pode instaurar um inquérito.
Na quarta-feira (10), a Seppir autuou a Rede Globo e solicitou mais informações sobre o conteúdo da trama. O titular do órgão, Carlos Alberto de Souza e Silva Júnior assumiu que a Ouvidoria da Igualdade Racial vê com estranheza e preocupação qualquer tipo de manifestação que reproduza estereótipos racistas e ainda lembrou que como concessões públicas as emissoras de televisão estão submetidas às leis brasileiras e a regulamentação específica imposta a esses veículos, na qual estão explícitas a proibição e o repúdio ao racismo e à discriminação.
Inspirada na série americana de sucesso em todo mundo "Sex and City", "Sexo e as Negas" tem sofrido com uma campanha na internet de boicote ao programa antes mesmo da estreia. Nos últimos dias, diversas organizações do movimento negro e de mulheres se manifestaram contra o seriado. Em entrevista ao UOL nesta semana, Falabella contou que texto da série foi cortado, mas negou que haje censura. O autor tem usado as redes sociais para rebater as críticas contra o racismo da série.
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