Ana Paula Padrão comanda a versão brasileira do reality show "Masterchef", que estreia na Band

Milene Spinelli
SÃO PAULO, SP - Em mais de 25 anos de jornalismo, Ana Paula Padrão já cobriu guerras, fez grandes reportagens pelo mundo, foi âncora de telejornais e passou pelas maiores emissoras de televisão do país. Mas avisa: "Não quero voltar para a bancada de telejornal". Ana sabe o que não quer e, por isso, decidiu mudar de rumo. Assim, estreia amanhã, às 22h45, como apresentadora da versão brasileira do reality show de gastronomia "Masterchef", na Band.
"Não parece, mas eu não sou séria como as pessoas acham. Agora, sim, posso ser eu mesma, agir de forma mais natural", brinca a sagitariana. E garante: "Cozinho bem para caramba e faço um pouco de tudo. Eu podia estar ali concorrendo", brinca ela, que adora risoto. "Foi a primeira coisa que aprendi a fazer. Fiquei três dias com um especialista na Itália, aprendendo", orgulha-se.
Do jornalismo, ela mantém a essência de repórter. "Não estranhei trabalhar na área de entretenimento. Muito do que faço no novo programa é produção jornalística. Traço o perfil dos candidatos e há gravações fora do estúdio, que são como reportagens."
Vindo de um formato internacional, o "Masterchef" é uma competição culinária entre chefs, que precisam enfrentar vários desafios ao longo do programa e, semanalmente, são eliminados. O aspecto psicológico também pesa. "Sofro o tempo todo, envolvo-me com os participantes. É uma montanha-russa emocional. Sei o quanto vai ser duro ser eliminado. É muito difícil julgar só o prato que está à sua frente. Há uma pessoa e uma história por trás dele", completa ela, que já perdeu 2 kg desde o início das gravações. "Sinto cheiro de comida o dia todo e acabo não comendo."