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Associação de livrarias quer retomar debate sobre preço único

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SÃO PAULO, SP - A ANL (Associação Nacional de Livrarias) promove nesta semana sua 24ª convenção. Na abertura, nesta segunda (18), apresentou dados pouco animadores sobre o mercado livreiro e voltou a defender a adoção da lei do preço único no Brasil.
O Brasil tem hoje 3.095 livrarias - o que representa, na média, uma para cada 64.954 habitantes. A Unesco recomenda uma relação de 10 mil habitantes por livraria.
Nenhuma das 5.570 cidades brasileiras atinge a média da Unesco. A que mais se aproxima é Belo Horizonte (MG), com uma livraria para 13.848 habitantes. São Paulo, por exemplo, possui uma para 35.664 habitantes.
Algumas cidades de médio porte, como Marabá (Pará, 243 mil habitantes) e Camaçari (Bahia, 255 mil), têm apenas uma livraria.
O levantamento também apontou a alta concentração das varejistas em algumas regiões do país. O Sudeste possui mais da metade das livrarias do país, 55%. Em seguida estão o Sul (19%), Nordeste (16%), Centro-Oeste (6%) e Norte (4%).
"Precisamos de políticas públicas para evitar essa concentração. É fundamental também valorizar as pequenas e médias livrarias. Elas também um papel muito importante nessa difusão. As livrarias não são apenas espaços comerciais, mas também culturais", afirmou Ednilson Xavier, presidente da ANL.
O vice-presidente da associação, Augusto Mariotto Kater, destacou no encontro a preocupação que a Amazon gera no mercado. A varejista on-line, conhecida por sua eficiência e política feroz de desconto, deve começar em breve a vender livros impressos no Brasil.
"Não somos contra a Amazon vir para cá. Somos contra a canibalização que a Amazon faz com mercados sem regulamentação."
Como forma de regulamentação do mercado, a ANL defende, entre outras coisas, a adoção de políticas de controle de preço e de descontos nas vendas de livros.
Leis de preço único para livros são adotadas em vários países: França, Alemanha, Argentina, Espanha, entre outros. As editoras estabelecem um valor para cada livro lançado.
Por um período de tempo, por exemplo, livrarias só podem oferecer descontos entre 5% e 10%.
A ANL pretende levar o debate ao Congresso nacional no ano que vem.
"A lei do preço fixo não vai encarecer o livro, vai torná-lo mais acessível à maior parte da população", diz Mariotto. "Implantando a regulamentação do mercado, você defende a bibliodiversidade. Os empresários talvez se sentissem incentivados a abrir mais livrarias", completou.

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