Regina Casé se divide entre a TV e o cinema
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SÃO PAULO, SP - "O "Esquenta!" é uma grande festa. E festa boa, com todo tipo de gente, de idade, de classe, de credo e de sexo. Eu acho muito chato quando você vai a um lugar e encontra todo o mundo igual." É assim que a apresentadora Regina Casé, 60 anos, define o programa que comanda aos domingos na Globo. A atração ganhou uma versão ao vivo durante a Copa do Mundo e se tornou um dos destaques do canal, mantendo a liderança com média de 14 pontos, segundo Ibope (cada ponto equivale a 65 mil domicílios na Grande São Paulo).
Com convidados de peso, celebridades e uma roda de samba formada pelos populares Péricles, Arlindo Cruz e Xande de Pilares, a atração dominical tem se destacado pelo improviso e pela informalidade, que ganham a simpatia do público. "Normalmente, gravamos o programa assim, em ritmo de ao vivo. Eu gosto desse jeito improvisado", comenta a apresentadora.
Além de promover uma verdadeira festa em meio à plateia, uma das apostas da atração é o humor do cantor Mumuzinho, que faz parte do elenco da atração. Ele já acompanhou o treino da seleção brasileira na Granja Comary, em Teresópolis, e colocou os jogadores para cantar e dançar no quadro “Roleta Musical”, além de viver o personagem Soraya, que gosta de funk. “O ‘Esquenta!Â’ é uma oportunidade para que o público conheça o meu trabalho. Gosto de música, de estar com os amigos e de dar risada”, comenta o sambista.
Neste (6) e no próximo domingo, dia 13, o “Esquenta!” também será ao vivo. Porém, as expectativas estão voltadas para a final da Copa do Mundo. “A ansiedade é evidente, e a apresentação vai depender do ritmo do jogo”, diz Regina. Passado o Mundial, o programa deve voltar a investir em encontros musicais e nos quadros “O que Queremos para o Brasil” e “Visita Musical”, que são as novidades da temporada. “No ‘Visita MusicalÂ’ promoveremos o encontro de dois músicos de estilos diferentes. Um visita o universo do outro. Já gravamos alguns encontros, e posso garantir que foi divertidíssimo.”
Segundo o curador da Associação Pró-TV - Museu da Televisão, Elmo Francfort, o coloquialismo da atração é o que atrai o telespectador. Â“É um programa democrático, sem restrições de classes sociais. Mas ele incomoda muitos, já que mostra todo tipo de realidade brasileira no mesmo lugar.”
Para Francfort, a popularidade da apresentadora também contribui para o sucesso do “Esquenta!”. “Ela é sinônimo dessa simplicidade e sabe lidar com o público. Além disso, Regina vem de uma escola incrível, uma família que merece um capítulo à parte na história da nossa comunicação”, diz o curador, referindo-se a Ademar Casé (1902-1903), avô de Regina e apresentador do primeiro programa de rádio comercial do Brasil, em meados dos anos 1930.
A VOLTA COMO ATRIZ
Regina Casé também está na memória do público em seus trabalhos como atriz. Ela consolidou sua carreira na época da “TV Pirada” (Globo, 1988-1992) e chegou a atuar em novelas como “Cambalacho” (Globo, 1986), com a inesquecível Tina Pepper, e “As Filhas da Mãe” (Globo, 2001), ambas de Silvio de Abreu.
Foi marcante também sua atuação no cinema, no filme “Eu, Tu, Eles” (2000), de Andrucha Waddington. Neste ano, além do “Esquenta!”, Regina voltará a atuar em dois filmes nacionais. “Sempre gostei de trabalhar em algo com que me identifico e, no cinema, não é diferente. Foi por esse motivo que procurei ajustar minha agenda para fazer os dois filmes”, diz. “O cinema é parte da minha vida e todos aqueles que sempre acompanharam minha carreira pediram por esse retorno”, complementa.
Após 14 anos, ela será a protagonista de um novo longa, o “Que Horas Ela Volta?”, dirigido por Anna Muylaert. Na pele da pernambucana Val, ela vai mostrar a realidade das domésticas nordestinas que tentam a vida em São Paulo. “Ela deixou a filha em Pernambuco para trabalhar na capital paulista. De repente, a garota decide morar com a mãe na casa dos patrões para prestar vestibular e acaba criando uma reviravolta na vida de todo o mundo”, adianta.
Já no longa “Made in China”, que marca a estreia do marido de Regina, Estevão Ciavatta, na direção de um filme de ficção, a atriz será Francis, uma ambulante que tenta driblar as dificuldades em meio aos comerciantes chineses que tomam conta do famoso centro de lojas populares, o Saara, no Rio de Janeiro. “Ela é vendedora e tenta entender por que as mercadorias chinesas da concorrência são as mais baratas do comércio popular”, conta. “O Saara, para vocês de São Paulo, seria a 25 de Março e a ladeira Porto Geral. Nesse filme, tem a estreia do Xande de Pilares como ator”, complementa a atriz, referindo-se ao colega de trabalho no “Esquenta!”.
“Que Horas Ela Volta?” ainda está em fase de produção. Já “Made in China” deve estrear em novembro deste ano, com os globais Juliana Alves e Otávio Augusto.
EM FAMÍLIA
No final de 2013, Regina, que é mãe de Benedita, 24 anos, fruto da relação com o artista plástico Luiz Zerbini, adotou o pequeno Roque, hoje com dez meses. A atriz e apresentadora revela que sempre teve vontade de adotar uma criança. “Ser mãe pela segunda vez é uma experiência inexplicável. Foi amor à primeira vista, e quero estar ao lado dele a todo momento”, diz ela, que, durante o processo de adoção, esteve envolvida com as filmagens dos longas nacionais e a produção do “Esquenta!”. “Tenho uma agenda corrida e me esforço para que o Roque esteja sempre presente. O que sinto por ele é indescritível”, dispara a apresentadora.
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