Leia a última edição
--°C | Apucarana
Euro
--
Dólar
--

Entretenimento

publicidade
ENTRETENIMENTO

Grupo Tao faz espetáculo alucinógeno no Festival O Boticário

Compartilhar no Facebook Compartilhar no Twitter Compartilhar no WhatsApp Compartilhar no Telegram
Siga-nos Seguir no Google News
Grupos do WhatsApp

Receba notícias no seu Whatsapp Participe dos grupos do TNOnline

SÃO PAULO, SP, 2 de maio (Folhapress) - O público que lotou o Auditório Ibirapuera, em São Paulo, na noite ontem, chegou curioso para ver o que uma companhia chinesa faz com a dança contemporânea.

Na saída, a reação variava entre o estranhamento e a sensação de ter passado por uma experiência alucinógena.

Uma das atrações mais esperadas do 2º Festival O Boticário na Dança, o Tao Dance Theater, fundado em 2008 pelo coreógrafo Tao Ye, trouxe ao Brasil duas coreografias, aparentemente opostas, mas que se provam complementares.

Os nomes das obras, "4" e "5", são tão minimalistas quanto a cenografia (o palco nu) e o figurino preto e cinza, na primeira, e que lembra roupas de trabalhadores ou camponeses orientais, na segunda coreografia.

Vento e água

Em "4", os bailarinos nunca se tocam, mas se unem nos mesmos movimentos, como um bando de aves migratórias voando com o vento.

Não há os gestos angulosos, bastante comuns na dança contemporânea. Os corpos fluem como se estivem na água, em movimentos circulares, arredondados, espiralados. Junto com uma música estranha aos ocidentais (e talvez aos orientais também), tornam-se quase hipnóticos.

A música foi criada por Xiao He, compositor de indie rock chinês (o que já é estranho), e junta vozes repetindo palavras incompreensíveis, piano, guitarra e sons aleatórios.

Amálgama

Oposto complementar da primeira coreografia apresentada, "5" é uma dança feita com muitos corpos que se tornam um só.

É um corpo estranho, surreal, uma massa de pernas, braços e carne da qual, de tempos em tempos, emergem cabeças e troncos para, em seguida, mergulharem no amálgama humano e se transformarem em caudas ondulantes.

Os movimentos também são curvos, criadas por uma cadeia contínua de torções dos bailarinos deitados no chão. O ritmo suave, lembra algas balançando no mar e, também, a sensação de que tudo em volta se move em câmara lenta provocada em estados de entorpecimento.

A apresentação no Auditório Ibirapuera foi única, mas a companhia ainda se apresentará, dentro da programação de O Boticário na Dança, no Rio (amanhã) e no Recife (8/5).

Gostou da matéria? Compartilhe!

Compartilhar no Facebook Compartilhar no Twitter Compartilhar no WhatsApp Compartilhar no Email

Últimas em Entretenimento

publicidade

Mais lidas no TNOnline

publicidade

Últimas do TNOnline