Ernesto Paglia estreia nova série no Fantástico

Neste domingo, dia 21, é dia de estreia no ‘Fantástico’. Na nova série ‘Vai Fazer O Quê?’, atores desconhecidos vivem situações polêmicas nas ruas, praças e shoppings do país com o objetivo de revelar qual seria a reação espontânea das pessoas que presenciam as cenas. A série, que será apresentada pelo jornalista Ernesto Paglia em oito episódios, é uma versão brasileira de um formato de sucesso da TV americana, o “What Would You Do?”, exibido na emissora ABC.

Usando câmeras escondidas, o programa registra a reação das pessoas diante de situações desconfortáveis ou injustas. Muitos dos transeuntes acabam passando pelas cenas sem se envolver com os acontecimentos, mas um número grande de observadores tomam a dianteira e entram nas brigas, sempre com a disposição de ajudar. “Tem sido uma emocionante exibição de cidadania por parte de pessoas comuns que, diante de um desafio, parecem crescer e viram defensores do justo, dos mais fracos”, adianta Ernesto Paglia, que durante a encenação dos atores fica distante, acompanhando de um monitor o que acontece para depois então entrar em cena e conversar com as pessoas sobre suas reações.

“É difícil dizer como vamos reagir diante de situações extremas. Este quadro nos convida e desafia a pensar em como seria a nossa reação nesses casos”, diz. Segundo o repórter, a série traz à tona temas que são controversos, mas que estão fora das manchetes do dia a dia. “Com isso, criamos debate, despertando a cidadania de um silêncio muitas vezes constrangido ou confortável, abrindo espaço para tensões do cotidiano que podem e devem se discutidas antes que elas provoquem desconforto, violência, injustiças e ilegalidades”, opina o repórter.

No episódio de estreia, a situação encenada pelos atores é a de um mendigo sendo agredido por um grupo de “playboys”. Como as pessoas em volta reagem? Será que têm coragem de intervir e ajudar o rapaz ou ignoram o que está acontecendo?

Paglia adianta que neste dia, houve uma cena que mexeu com toda a equipe. O repórter conta que o episódio já havia sido gravado e o ator caracterizado como morador de rua estava sentado no banco da praça esperando pelas coordenadas do diretor, quando um senhor com uniforme de gari se aproximou, entregou uma marmita de comida e saiu apressado. “Custei a alcançar o benfeitor anônimo e ouvi ele dizer que não devemos julgar os outros pela aparência e que ajudou o suposto mendigo porque, claramente, ele precisava... Simples assim. Uma aula de solidariedade vinda de uma pessoa que faz um dos trabalhos mais humildes e nobres das nossas cidades!”, diz. (Com assessoria Globo)