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Veja como será a nova linha de crédito de R$ 12 bi para financiar tecnologias da Indústria 4.0

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O governo federal anunciou nesta segunda-feira R$ 12 bilhões em linhas de crédito para a Indústria 4.0, para financiar a aquisição de Bens de Capital (BK) que incorporem robótica, inteligência artificial (IA), computação em nuvem, sensoriamento, Internet of Things (IoT) e outras da tecnologias.

Dos recursos anunciados, R$ 10 bilhões são do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e R$ 2 bilhões vêm do Fundo de Financiamento de Estudos de Projetos e Programas (Finep), empresa pública vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI).

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Os juros do crédito serão de 7,5% a 8,5%, somado ao spread, que é a diferença entre a porcentagem da taxa de juros cobrada em empréstimos e a de juros paga em investimentos. O financiamento do BNDES, de R$ 10 bilhões, será misto, com R$ 4,3 bilhões vinculados à Taxa Referencial (TR) e o restante de linhas tradicionais. Esse "blended" permitirá que o custo dos financiamentos para as empresas não ultrapasse 8,5% ao ano, segundo o governo.

Os demais R$ 2 bilhões serão financiados pela Finep à TR + 7,5% ao ano, sendo seu uso exclusivo para indústrias das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste.

Estudo da Confederação Nacional da Indústria (CNI) mostra que o parque fabril brasileiro opera com maquinário antigo, com idade média de 14 anos, o que reduz sua produtividade. No Brasil, 38% dos equipamentos industriais estão próximos ou além do ciclo de vida ideal estabelecido pelos fabricantes.

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Na reunião de anúncio das novas linhas, que contou com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, disse que a iniciativa busca fazer com que a indústria brasileira ganhe competitividade.

"Isso é para bens de capital, então máquinas e equipamentos que vão fazer com que a indústria ganhe competitividade, reduza custos e modernize o parque industrial brasileiro", afirmou Alckmin.

As linhas de Bens de Capital criadas agora somam-se ao programa de Depreciação Acelerada, lançado pelo governo federal em maio de 2024 e que destina R$ 3,4 bilhões em créditos financeiros para a compra de máquinas, equipamentos, aparelhos e instrumentos novos.

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MPMEs

Com o "blended" das novas linhas do BNDES, os custos dos empréstimos para micro, pequenas e médias empresas (MPMEs) terão redução, em média, de 6% das taxas que atualmente pagam em financiamentos. Todos os bancos credenciados no BNDES estarão aptos a repassar os recursos.

Para aquisição de máquinas e equipamentos 4.0, MPMEs com projetos de até R$ 50 milhões terão acesso a financiamento na forma indireta, por meio da rede credenciada de instituições do BNDES.

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Para médias e grandes empresas com projetos no valor de até R$ 300 milhões, a operação será feita diretamente com o BNDES. O banco também apoiará fabricantes de máquinas e equipamentos 4.0 na comercialização de seus equipamentos credenciados, no valor de até R$ 300 milhões.

Empresas afetadas pelo tarifaço

O presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, afirmou que empresas tarifadas em menos de 50% pelos Estados Unidos poderão ter acesso às linhas de crédito da Indústria 4.0.

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"Foram duas iniciativas muito importantes neste momento de algumas adversidades e desafios no Brasil. Primeiro, o Plano Brasil Soberano. (...) Os que estão abaixo de 5% ou foram tarifados com menos de 50%, por exemplo, 10% de tarifa, 20%, podem acessar uma linha do BNDES, que é um pouco abaixo da Selic", disse Mercadante.

Mercadante esclareceu que a nova linha de crédito não está ligada às medidas de apoio às empresas afetadas pelo tarifaço do governo dos EUA, mas representa um "grande fomento e estímulo para comprar máquinas". "Com isso, modernizamos o parque industrial, aumentamos a capacidade de exportação, inclusive para o Brasil disputar novos mercados", argumentou.

Alckmin disse que a linha de crédito já estava sendo pensada antes do tarifaço, diante do qual, segundo ele, estão sendo adotadas diversas medidas para conter os efeitos da alíquota de 50% sobre produtos brasileiros pelos EUA, que passou a vigorar no início deste mês.

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