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Trump demite diretora do Fed e eleva pressão sobre o BC dos EUA

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O presidente dos EUA, Donald Trump, demitiu a diretora do Federal Reserve (Fed) Lisa Cook, conforme carta publicada nesta segunda-feira, 25, à noite. A decisão tem efeito imediato na instituição equivalente ao banco central americano, segundo a medida publicada na rede Truth Social.

Primeira mulher negra a ocupar o cargo de diretora do Fed, Lisa entrou na mira de Trump após uma acusação do presidente do conselho da Agência Federal de Financiamento Habitacional dos EUA (FHFA, na sigla em inglês), William Pulte, de que ela teria cometido fraude hipotecária. Na quarta-feira passada, Trump disse que pretendia exortar Lisa Cook a deixar o cargo.

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Em justificativa para a demissão, Trump afirmou não ter "confiança na integridade de Cook". O presidente americano citou que sua decisão levou em conta o artigo 2 da Constituição dos Estados Unidos e o Ato do Federal Reserve de 1913.

O ato do Fed permite demissão por justa causa, diz Trump no documento. "Eu determinei que há causa suficiente para removê-la de sua posição."

O republicano fez referência à acusação de William Pulte, listando que Lisa teria cometido declarações falsas em um ou mais acordos hipotecários. Trump citou que ela teria assinado um documento atestando que uma propriedade em Michigan era sua residência principal para o próximo ano. Duas semanas depois, a dirigente teria assinado outro documento citando que uma propriedade na Geórgia seria sua residência principal para o próximo ano, descreve a carta. "É inconcebível que você não estivesse ciente de seu primeiro comprometimento quando fez o segundo", disse Trump.

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"O Federal Reserve tem uma responsabilidade enorme em determinar as taxas de juros e na regulação de reservas e dos bancos membros. O povo americano tem de ter plena confiança na honestidade dos membros que determinam a política e supervisionam o Federal Reserve", afirmou o presidente americano. "À luz da sua enganosa e potencialmente criminosa conduta de um assunto financeiro, eu não tenho confiança em sua integridade."

Novo alvo

O mercado já estava se acostumando com o tom agressivo do mandatário americano ao presidente do Fed, Jerome Powell. Adjetivos como "atrasado demais", "muito político" e "lento" entram quase sempre nas falas de Trump para se referir a Powell, em meio à pressão para baixar os juros.

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Após um surto de pânico nos mercados por rumores de que o republicano quebraria um consenso global de independência e que houvesse pela primeira vez a demissão de um presidente do Fed, Trump diminuiu o tom, ponderou que Powell poderia cumprir seu mandato até o fim (em maio de 2026), mas deixou claro que o chefe do BC deveria pedir demissão.

O alvo passou a ser uma cadeira mais abaixo na hierarquia do Fed, a de Lisa Cook. O ataque foi o primeiro contra um membro ativo do Comitê Federal do Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) em cargo fora da presidência. Nas mais recentes reuniões do Fomc, Lisa foi na mesma linha de Powell e votou pela manutenção de juros. Sua saída abriria espaço para uma nova indicação - certamente com uma postura mais favorável ao corte de juros - do presidente americano à diretoria do BC americano.

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