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Tesouro dá aval a empréstimo de R$ 12 bi aos Correios e fala em R$ 5 bi de economia

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O Tesouro Nacional aprovou nesta quinta-feira,18, a operação de crédito de R$ 12 bilhões aos Correios envolvendo cinco bancos. Com isso, a estatal terá o aval do órgão público, e poderá contar com juros mais baixos para pagar dívidas e estruturar o seu plano de recuperação.

Segundo nota divulgada pelo Ministério da Fazenda, a operação respeitou o limite de juros estipulado pelo Tesouro, o que levará a uma economia de R$ 5 bilhões em encargos, em relação à primeira proposta, recusada pelo órgão.

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"O Tesouro Nacional concluiu hoje a avaliação envolvendo a operação de crédito dos Correios com conjunto de cinco instituições financeiras, sendo três privadas e duas públicas. Em relação à proposta de operação anteriormente cogitada pela companhia, a agora aprovada dentro dos limites de juros, representa diferença em encargos de juros substancial, implicando em redução do custo com juros para os Correios em quase R$ 5 bilhões de reais em relação à proposta originalmente cogitada", disse o órgão.

O próximo passo será a negociação das minutas contratuais entre as partes envolvidas, sob a supervisão da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional e do Tesouro Nacional.

A confirmação do aval foi inicialmente divulgada pela Folha de S.Paulo e confirmada pelo Estadão.

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Segundo pessoas a par da operação, o empréstimo terá juros de 115% do Certificado de Depósito Interbancário (CDI), com carência de três anos e 15 anos de prazo.

A operação contará com a participação de cinco bancos. Caixa, Bradesco e Banco do Brasil vão emprestar R$ 3 bilhões, cada um, enquanto Itaú e Santander emprestarão R$ 1,5 bi, cada um.

O governo Lula já havia editado um decreto para que as estatais não dependentes que estejam passando por dificuldades pudessem apresentar plano de reequilíbrio econômico-financeiro, com possibilidade de aportes do Tesouro.

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Em comunicado aos empregados nesta quinta-feira, 18, os Correios afirmaram que o pagamento do 13º salário ocorrerá nesta sexta-feira, 19.

"Mesmo em um momento desafiador, a diretoria da empresa fez um esforço adicional para garantir o pagamento do 13º salário para os empregados nesta sexta-feira, 19", disse a empresa.

Também nesta quinta-feira, o Conselho Monetário Nacional (CMN) revisou os limites máximos para contratação de operação de crédito com órgão e entidades do setor público em 2025. A resolução abriu espaço para que a União desse o aval para o empréstimo aos Correios.

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Prejuízo de R$ 6,05 bilhões

De janeiro a setembro deste ano, os Correios registraram prejuízo de R$ 6,05 bilhões, número que pode subir para R$ 10 bilhões em dezembro. Inicialmente, a estatal queria um empréstimo de R$ 20 bilhões, mas os juros altos foram reprovados pelo Tesouro.

O valor de R$ 12 bilhões é menor do que os R$ 20 bilhões previstos no plano de reestruturação do empresa, para fazer frente a todas as obrigações até dezembro de 2026. Ainda assim, dará fôlego para a estatal cumprir suas obrigações, como pagar o 13º salários dos funcionários e regularizar o pagamento com fornecedores, além de outras dívidas.

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Com o empréstimo, a empresa pretende quitar uma dívida de R$ 1,8 bilhão, pagar fornecedores em atraso, além de financiar um programa de desligamento voluntário (PDV) e fazer investimentos para tentar recuperar espaço no mercado de encomendas e elaborar novas fontes de receitas.

Para voltar a ter lucro em 2027, os Correios terão de passar por uma reestruturação que requer um ajuste entre R$ 6 bi a R$ 8 bilhões no seu orçamento anual, entre cortes de gastos e aumento de receitas. Segundo pessoas próximas à estatal, esse é um número aproximado ao que está sendo trabalhado pela atual diretoria da empresa, e é visto como extremamente desafiador por analistas. Procurada, a estatal não quis se manifestar.

Conforme antecipou o Estadão, os Correios postergaram a contratação dos aprovados em concurso de 2024, que acontecerá apenas em 2027.

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