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Taxas de juros futuras caem nesta sexta com desemprego acima do previsto e recuo do dólar

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Embalados pela inversão de sinal do dólar, que passou a operar em queda no meio da tarde, e sustentados por dados mais fracos do que o esperado do mercado de trabalho doméstico, os juros futuros negociados na B3 aceleraram o recuo na segunda etapa do pregão desta sexta-feira, 31.

Após o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) de setembro, divulgado ontem, ter colocado em xeque a esperada desaceleração dos fundamentos do emprego, a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua indicou taxa de desocupação levemente acima do previsto e reforçou a possibilidade de um corte da Selic em janeiro.

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O mercado também pode ter ajustado posições após três dias seguidos de estresse dos DIs, e no aguardo da reunião da próxima semana do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central. É consenso que a taxa básica ficará nos atuais 15% até dezembro, mas o próximo comunicado pode trazer mais pistas sobre quando será o momento de virada da política monetária.

Encerrados os negócios, a taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2027 cedeu de 13,926% no ajuste de quinta-feira, 30, para 13,845%. O DI para janeiro de 2029 recuou de 13,205% no ajuste de ontem a 13,075%. O DI para janeiro de 2031 marcou 13,36%, vindo de 13,48% no ajuste antecedente.

Publicada nesta sexta pelo IBGE, a taxa de desemprego medida pela Pnad Contínua ficou em 5,6% no trimestre móvel terminado em setembro, estável em relação aos três meses terminados em agosto e ainda na mínima histórica do levantamento. O dado, no entanto, ficou 0,1 ponto acima da mediana do Projeções Broadcast, de 5,5%. Economistas ainda avaliam que o mercado de trabalho está aquecido, mas caminha para descompressão mais expressiva à frente.

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"A taxa de desemprego acima do previsto trouxe um respiro para o mercado, no sentido inverso do Caged", diz Felipe Tavares, economista-chefe da BGC Liquidez. "Os agentes estão preocupados sobre quando haverá corte, com o BC ainda em posição muito ortodoxa e falando que só vai se movimentar quando as expectativas inflacionárias estiverem na meta. Nesse sentido, a Pnad foi um primeiro sinal positivo na perspectiva de política monetária", comentou.

Economista-chefe da Mirae Asset, Marianna Costa afirma que, além da Pnad, a dinâmica contida dos rendimentos dos Treasuries e a melhora do comportamento do câmbio ao longo da tarde também podem ter ajudado a aliviar as taxas futuras na sessão de hoje. "Os Treasuries cederam um pouco e aqui temos o câmbio para baixo depois da formação da Ptax", disse.

Com as atenções voltadas ao mercado de trabalho, o déficit primário de R$ 17,452 bilhões do setor público consolidado em setembro, publicado nesta sexta-feira pelo BC, ficou em segundo plano. A pesquisa do Projeções Broadcast apontava resultado negativo um pouco menor, de R$ 17,3 bilhões. "O fiscal está fazendo muito pouco preço", nota Tavares, da BGC Liquidez.

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No cômputo semanal, apesar do alívio observado hoje na curva, houve deslocamento para cima em todos os principais vértices e ganho de inclinação, com abertura de cerca de 4 pontos-base da taxa para janeiro de 2027, de cerca de 5 pontos-base no DI de janeiro de 2029 e de cerca de 6 pontos-base no vértice de janeiro de 2031, considerando os níveis de fechamento da última sexta-feira.

Segundo a equipe econômica do Santander, a maioria dos vencimentos acabou sofrendo por conta da sinalização mais dura do Federal Reserve (Fed). Em discurso visto como conservador esta semana, o presidente Jerome Powell sinalizou que o plano de voo para dezembro está em aberto e reduziu apostas de flexibilização adicional da política monetária nos EUA. Do lado doméstico, apontam os economistas do banco, o mercado segue ponderando os riscos de desaceleração mais intensa do que o antecipado para a economia brasileira após os números de mercado de trabalho conhecidos nesta semana.

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