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Tarifaço: sindicatos dizem ao governo que temem falta de opções contra demissões

Os representantes sindicais recebidos pelo governo federal na manhã desta quarta-feira, 16, avaliam que não há opções claras para evitar demissões caso as tarifas anunciadas pelos Estados Unidos sejam efetivadas. Após a reunião do comitê que discute com o

Luiz Araújo (via Agência Estado)

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Escrito por Luiz Araújo (via Agência Estado)
Publicado em 16.07.2025, 15:23:00 Editado em 16.07.2025, 15:33:28
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Os representantes sindicais recebidos pelo governo federal na manhã desta quarta-feira, 16, avaliam que não há opções claras para evitar demissões caso as tarifas anunciadas pelos Estados Unidos sejam efetivadas. Após a reunião do comitê que discute com o setor produtivo estratégias para frear a crise, líderes dos trabalhadores disseram que o recuo dos norte-americanos é o único desfecho seguro.

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O presidente da Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST), Moacyr Tesch, diz que a taxação de 50% para exportações aos EUA a partir de 1º de agosto é uma "bomba-relógio que está para estourar".

Ao Estadão/Broadcast, Tesch avalia que restaria pouco a ser feito para manter postos de trabalho e que os sindicalistas ainda não discutem estratégias para o cenário das tarifas se consolidarem. "Temos que desmontar isso de qualquer forma. E acreditamos no bom senso."

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Na mesma linha, o presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Sérgio Nobre, disse esperar que haja uma solução rápida para o impasse. "Caso a tarifa se efetive, haverá um forte e danoso impacto na economia brasileira. Por isso nós deixamos claro que seria importante que um grupo, com o governo, o setor empresarial e os trabalhadores, para que a gente possa ver como vamos transitar e sair dessa situação", afirmou a jornalistas após a reunião.

Perguntado sobre a identificação de estratégias diante da iminência da crise, Sérgio Nobre disse que segue sendo "negociar à exaustão e não permitir que essa tarifa seja efetivada". "Tem produtos que já estão a caminho dos Estados Unidos e chegam depois do dia 1º (de agosto). O bom senso manda buscar um acordo, então essa é a estratégia para preservar os empregos e as empresas."

A pressão pelo recuo do governo de Donald Trump será reforçada por centrais sindicais dos Estados Unidos, afirma Moacyr Tesch. "Já estão nos apoiando, porque estão sentindo o problema também os afeta diretamente", diz o sindicalista.

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Comitê

Realizada nesta quarta-feira, a terceira reunião do Comitê Interministerial de Negociação e Contramedidas Econômicas e Comerciais, criado após a ofensiva comercial do governo americano, contou com 18 representantes de diferentes segmentos, do setor produtivo a centrais sindicais.

Até aqui, a principal proposta do empresariado é de buscar pelo menos mais 90 dias de discussão. No segundo encontro, representantes do setor agropecuário pediram cautela ao Executivo nas negociações e que as tratativas sejam esgotadas até 31 de julho.

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