Os servidores do Tesouro Nacional que pertencem à categoria de auditores e técnicos federais de finanças e controles decidiram ampliar a paralisação e agora a greve passará de dois para três dias por semana. O acirramento da mobilização foi definido em assembleia realizada nesta semana, e os servidores não trabalharão entre terça e quinta-feira, a partir da próxima semana.
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De acordo com o Sindicato Nacional dos Auditores e Técnicos Federais de Finanças e Controle (Unacon) o acirramento da mobilização coincide com o prazo final para conclusão dos programas que avaliam o cumprimento de metas fiscais para operações de crédito que têm a União como garantidora.
De acordo com o sindicato, a greve vai afetar a contratação de crédito por Estados e municípios. A entidade menciona o caso de Recife (PE), cujo prefeito, João Campos, foi até a Fazenda neste mês para falar sobre o Programa de Equilíbrio Fiscal municipal.
Para diminuir o impacto do atraso das análises - que poderiam provocar inadimplência ou cobrança extraordinária de parcelas da dívida antecipadamente em contratos já celebrados - foi editada uma portaria para ampliar o prazo final de conclusão desses programas para 30 de novembro, dando um mês de fôlego.
A mobilização dos servidores já atrasa a divulgação de relatórios diversos, que não saem no prazo estimado pelo calendário do próprio Tesouro ou são publicados incompletos. Além disso, as vendas do Tesouro Direto têm sido suspensas nas terças-feiras.
Nesta semana, o Tesouro iniciou a publicação das exonerações de servidores que optaram por entregar os cargos ou funções comissionadas para aderir à mobilização da categoria, quase três meses depois de os primeiros pedidos terem sido protocolados.
A categoria pede reajuste salarial e reestruturação da carreira, mas as negociações com o Ministério da Gestão não avançaram.
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