Leia a última edição
--°C | Apucarana
Euro
--
Dólar
--

Economia

publicidade
ECONOMIA

Servidores do IBGE fazem ato contra reforma do estatuto proposta pela gestão Pochmann

Compartilhar no Facebook Compartilhar no Twitter Compartilhar no WhatsApp Compartilhar no Telegram
Siga-nos Seguir no Google News
Grupos do WhatsApp

Receba notícias no seu Whatsapp Participe dos grupos do TNOnline

Dezenas de trabalhadores do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) participaram na manhã desta terça-feira, 21, de um ato no Rio de Janeiro em protesto contra a mudança no estatuto proposta pela atual gestão do presidente Marcio Pochmann. A manifestação foi convocada pelo sindicato nacional dos servidores do IBGE, o Assibge-SN.

Os participantes carregaram faixas e cartazes contra a proposta do conselho diretor de um novo estatuto para o IBGE, alegando que as mudanças concentrariam mais poder na direção do órgão e resultariam em uma menor participação dos servidores. Os trabalhadores defenderam ainda o IBGE como órgão de Estado, patrimônio do País, com compromisso público, autonomia técnica e orçamentária.

publicidade
Associe sua marca ao jornalismo sério e de credibilidade, anuncie no TNOnline.

"Nossa categoria protestou contra o Novo Estatuto, o sindicato repudia a proposta vinda sem conversa por parte da direção do IBGE, por compreender que ela representa um grave enfraquecimento das áreas técnicas e uma concentração de poder na Presidência do Instituto, ferindo os princípios de gestão participativa e transparência que devem orientar a instituição", manifestou a executiva nacional do sindicato, em nota. "Além disso, a minuta deixa a definição da estrutura organizacional a cargo do regimento interno, que pode ser alterado a qualquer tempo por decisão exclusiva da Presidência, comprometendo a estabilidade institucional e o planejamento de longo prazo que caracterizam o trabalho do IBGE."

O ato, chamado de "Dia Nacional de Luta em defesa do IBGE e contra o Estatuto Total Flex", ocorreu pela manhã em frente à sede do IBGE, na Avenida Franklin Roosevelt, na região central do Rio de Janeiro.

Segundo o Assibge-SN, núcleos regionais do sindicato também realizaram manifestações em outras cidades pelo País.

publicidade

A mudança no estatuto já tinha acarretado a divulgação de um documento de rejeição à proposta, assinado por mais de 70 gerentes e coordenadores da diretoria de Pesquisas do IBGE, entre eles os profissionais responsáveis pelas principais pesquisas e indicadores econômicos produzidos pelo órgão, como Rebeca Palis, coordenadora de Contas Nacionais; Adriana Beringuy, coordenadora de Pesquisas por Amostra de Domicílios; e Flavio Magheli, coordenador de Estatísticas Conjunturais em Empresas.

"As coordenações da Diretoria de Pesquisas reiteram sua forte rejeição em relação à proposta de minuta de um novo estatuto para o IBGE apresentado pelo Conselho Diretor", diz a carta assinada pelos servidores.

O texto questiona a retirada da estrutura das diretorias do estatuto, transferindo essa definição para o regimento interno; o rebaixamento do Conselho Diretor, que passaria de órgão colegiado de direção superior para órgão de assessoramento da Presidência; e "a fragilização da independência técnica do IBGE".

publicidade

"A minuta de estatuto proposta fragiliza ainda mais a independência institucional quando não define a composição do Conselho Diretor, deixando para o presidente estipular, por regimento interno, quais e quantas diretorias farão parte da estrutura do IBGE", diz o documento. "Esse cenário compromete a confiança pública. A credibilidade do IBGE exige não apenas independência de fato, mas também a percepção inequívoca de independência perante a sociedade e os usuários de suas estatísticas. Quanto menor a segurança em relação às instâncias de deliberação, maior o risco de perda de confiança e legitimidade", argumentam os gerentes e coordenadores do IBGE.

A minuta do novo estatuto também foi rejeitada em documento pelas Coordenações, Gerências e Gabinete da Diretoria de Geociências do IBGE, assinada por outros 52 servidores em postos de liderança. No texto, os servidores manifestam "firme posição contrária", mencionando "contrariedades e disfunções na proposta, que reforçam a necessidade de uma revisão profunda e de um processo mais amplo e participativo de discussão".

"A complexidade e os impactos potenciais da minuta exigem um debate qualificado, com envolvimento das áreas técnicas e institucionais diretamente afetadas. Entendemos que a discussão de um novo estatuto poderia se beneficiar da participação dos/as servidores/as da casa - inclusive os/as recém ingressos/as - nesse fórum", defenderam os trabalhadores.

publicidade

Gostou da matéria? Compartilhe!

Compartilhar no Facebook Compartilhar no Twitter Compartilhar no WhatsApp Compartilhar no Email

Últimas em Economia

publicidade

Mais lidas no TNOnline

publicidade

Últimas do TNOnline