Leia a última edição
--°C | Apucarana
Euro
--
Dólar
--

Economia

publicidade
CORONAVÍRUS

Rússia anuncia registro de vacina sem estudos; Paraná prevê produção

Compartilhar no Facebook Compartilhar no Twitter Compartilhar no WhatsApp Compartilhar no Telegram
Siga-nos Seguir no Google News
Grupos do WhatsApp

Receba notícias no seu Whatsapp Participe dos grupos do TNOnline

Rússia anuncia registro de vacina sem estudos; Paraná prevê produção
Autor Foto por Divulgação

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, disse nesta terça-feira (11) ter registrado a primeira vacina contra a covid-19, após menos de dois meses de testes em humanos. Isso abre caminho para a imunização em massa da população local, ainda que a fase final de ensaios clínicos não tenha sido concluída. A ausência de estudos publicados sobre o imunizante e o ritmo acelerado dos testes têm motivado desconfiança da comunidade científica. Terça-feira, a Organização Mundial da Saúde (OMS) disse que precisa avaliar os dados da pesquisa antes de tomar posição. Já o governo do Paraná vai assinar acordo com Moscou para testar, produzir e distribuir a vacina russa.

Na TV estatal, Putin afirmou que a vacina, desenvolvida pelo Instituto Gamaleya, é segura e que até mesmo foi administrada em uma de suas filhas. "Funciona de modo muito eficaz, cria forte imunidade e, repito, passou em todos os testes necessários." A Rússia diz que a pesquisa está na fase 3, última e mais importante para desenvolver vacinas, para atestar segurança e eficácia. Não divulgou, porém, estudos em revistas científicas sobre resultados. Na Rússia, é possível registrar imunizantes após a 1ª rodada de testes, com pequenos grupos.

publicidade
Associe sua marca ao jornalismo sério e de credibilidade, anuncie no TNOnline.

Putin espera que o país comece a produzir a vacina em larga escala em breve. A imunização deve começar em outubro. Profissionais de saúde russos que tratam pacientes com a covid-19 terão a chance de se voluntariar para serem os primeiros, juntamente com professores, disse uma fonte à agência Reuters mês passado.

O nome do imunizante será Sputnik V, referência ao 1º satélite orbital, lançado pela União Soviética em 1957, na Guerra Fria, e que deu início à corrida espacial. Para a Rússia, liderar a corrida das vacinas é um caminho para maior influência geopolítica e não depender de potências ocidentais. Em julho, autoridades de segurança dos Estados Unidos, Reino Unido e Canadá acusaram hackers ligados a um serviço de inteligência russo de tentar roubar informações, o que foi negado pelo governo Putin.

Jarbas Barbosa, diretor-assistente da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), braço da OMS, disse que só poderão recomendar um produto após pré-qualificação, que demanda analisar dados dos testes.

publicidade

No Brasil

O governo do Paraná vai anunciar nesta quarta-feira (12), um acordo com o governo russo para fabricar a Sputnik V. O acordo prevê que o Estado realize testes, produza e distribua a vacina. O embaixador da Rússia no Brasil, Sergey Akopov, tem encontro agendado hoje com o governador do Paraná, Ratinho Junior (PSD). A expectativa é de que o encontro formalize a parceria para a produção da vacina.

Após a assinatura do acordo, o próximo passo é o compartilhamento do protocolo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para liberar as próximas fases. O Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar), do governo estadual, deve ser um dos polos de produção e distribuição para a América Latina. A Anvisa disse ontem que ainda não havia recebido pedidos de autorização de pesquisa ou registro. Afirmou ainda que não pode prever o tempo necessário para dar o aval e frisou "foco na segurança e eficácia".

publicidade

"Não vamos avançar se não tivermos anuência dos órgãos reguladores, como a Anvisa e a Comissão Nacional de Ética e Pesquisa. Ainda é uma fase inicial", disse ao Estadão o biólogo Jorge Augusto Callado Afonso, diretor-presidente do Tecpar.

O convênio deve prever testes da fase 3 em paranaenses. Caso a tenha aval da Anvisa, o Paraná estará autorizado a produzir e distribuir a vacina em seu território, o que daria vantagem na transferência de tecnologia. O convênio permite ainda que o Estado saia na frente em eventual campanha de vacinação. O modelo é semelhante ao da parceria entre o Instituto Butantã, em São Paulo, e a empresa chinesa Sinovac Biotech, cuja vacina também está na fase três de testagem.

Callado mostra cautela sobre eventuais campanhas de imunização no País. "A comunidade científica no Brasil cita o período do 2º semestre de 2021 como prazo responsável. Antes disso, está arriscando muito." (Com Milibi Arruda, Mateus Vargas e agências internacionais)As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

publicidade

Gostou da matéria? Compartilhe!

Compartilhar no Facebook Compartilhar no Twitter Compartilhar no WhatsApp Compartilhar no Email

Últimas em Economia

publicidade

Mais lidas no TNOnline

publicidade

Últimas do TNOnline