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Prévia do IPCA tem deflação de 0,14%; analistas veem ritmo desigual para queda de preços

Prévia da inflação oficial no País, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - 15 (IPCA-15) saiu de uma elevação de 0,33%, em julho, para deflação de 0,14% em agosto, de acordo com os dados divulgados pelo IBGE nesta terça-feira, 26. A última vez q

Daniela Amorim e Daniel Tozzi Mendes (via Agência Estado)

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Escrito por Daniela Amorim e Daniel Tozzi Mendes (via Agência Estado)
Publicado em 27.08.2025, 07:07:00 Editado em 27.08.2025, 07:13:25
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Prévia da inflação oficial no País, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - 15 (IPCA-15) saiu de uma elevação de 0,33%, em julho, para deflação de 0,14% em agosto, de acordo com os dados divulgados pelo IBGE nesta terça-feira, 26. A última vez que isso aconteceu foi em julho de 2023 (recuo de 0,07%). Agora, o IPCA-15 acumula variação de 3,26%, no ano, e de 4,95% em 12 meses - ainda acima do teto da meta de inflação, que é de 4,5%.

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Apesar do resultado, o recuo dos preços na prévia de agosto foi menos intenso do que o previsto por analistas do mercado financeiro ouvidos pelo Projeções Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado), que apontavam para uma deflação mediana de 0,21%. Para o economista-chefe da gestora G5 Partners, Luis Otávio de Sousa Leal, os dados foram um "choque de realidade" em parte do mercado financeiro, que estava ficando otimista com a desaceleração das expectativas de inflação divulgadas no Boletim Focus, do Banco Central.

Segundo ele, está claro que a inflação não caminha para o cenário "catastrófico" projetado no início do ano, mas uma convergência rápida ao centro da meta de inflação (3%) também ainda parece distante. "Um bom motivo para não se animar muito com as perspectivas de um corte de juros ainda em 2025", apontou Leal, em nota.

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Os números de agosto evidenciam que há uma perda de força da inflação no País, mas que esse processo se dará de forma irregular, avaliou o economista do ASA Leonardo Costa. "Mantemos a expectativa de desaceleração gradual da inflação, mas esse IPCA-15 evidencia que o arrefecimento é irregular, especialmente nos serviços, refletindo uma desaceleração ainda tímida da atividade doméstica e a resiliência do mercado de trabalho."

Variações

Em agosto, as famílias gastaram menos com quatro dos nove grupos de produtos e serviços que integram o IPCA-15: alimentação e bebidas (-0,53%); habitação (-1,13%); transportes (-0,47%); e comunicação (-0,17%). Os aumentos foram registrados em educação (0,78%); artigos de residência (0,03%); saúde e cuidados pessoais (0,64%); vestuário (0,17%); e despesas pessoais (1,09%).

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A energia elétrica residencial caiu 4,93% em agosto, item de maior alívio no mês, com uma contribuição de -0,20 ponto porcentual. O gasto das famílias com alimentação e bebidas recuou em agosto pelo terceiro mês consecutivo. A alimentação no domicílio diminuiu 1,02%, com reduções na manga (-20,9%); batata-inglesa (-18,77%); cebola (-13,83%); tomate (-7,71%); arroz (-3,12%); e carnes (-0,94%). Já a alimentação fora de casa aumentou 0,71%: a refeição fora subiu 0,40%, enquanto o lanche avançou 1,44%.

Na direção oposta, o maior vilão do orçamento no mês foi o subitem jogos de azar, que subiu 11,45%, devido ao reajuste feito em 9 de julho. Em saúde, houve pressão dos aumentos nos itens de higiene pessoal (1,07%) e em plano de saúde (0,51%). Já os gastos com educação foram impulsionados por aumentos nos cursos regulares (0,80%).

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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